Na luta contra a desintegração do movimento insurgente, uma certa confusão de conceitos ocorreu, o que pode, ulteriormente, levar a sérios inconvenientes práticos. Isso se aplica especialmente ao conceito de guerrilheirismo. Em artigos nos nossos jornais e discursos, isso vem sendo recentemente identificado, de maneira geral, com ausência de disciplina, makhnovismo, grigoryevismo, banditismo e assim por diante. Entretanto, guerrilheirismo, que coincide em dimensão considerável com o conceito de “guerra de pequena escala”, constitui (se não como descendente legítimo, então como filho legalmente adotado) um elemento na doutrina militar oficial. Enquanto a guerra, de um modo geral, tem como seu objetivo a derrubada do inimigo, a guerra de pequena escala (“guerrilha”) tem a tarefa de causar dificuldades ao inimigo causando-lhe prejuízo. Do ângulo da organização das operações, a guerra em pequena escala é caracterizada por um grande grau de independência de unidades separadas.
Ações insurgentes semi-espontâneas, tais quais nós temos visto na Ucrânia, sempre incluem o elemento guerrilha, mas o guerrilheirismo de maneira alguma significa a ação de levantes espontâneos de destacamentos desarmados ou pobremente armados. A guerra de guerrilha pode ser um método de operação para unidades móveis bem formadas, por toda a autonomia que gozam, estão estritamente subordinadas a um quartel general operacional. No atual combate contra o movimento Makhnov em todas as suas manifestações, incluindo aquelas pseudo-comunistas, nós não devemos, certamente, rejeitar a necessidade e a conveniência da atividade guerrilheira. Pelo contrário, nós podemos dizer com confiança que esta vai assumir importância crescente conforme a guerra continuar. Certos críticos têm frequentemente acusado nosso método de travar a guerra com ponderação, destacando para ele a necessidade de uma estratégia leve, mais flexível, mais móvel, permitindo maior independência a unidades móveis separadas. Procedendo, entre outras coisas, dessa noção, Tarasov-Rodionov1 (veja suas “teses” risíveis em Voyennoye Dyelo) argumentou que é desnecessário e até mesmo perigoso recrutar aqueles especialistas militares que o pensamento se tornou petrificado nos conceitos e práticas da guerra de posição2. A estratégia “proletária” de Tarasov-Rodinov, que é incompatível com a passividade e o tempo da guerra de posição, pede por mobilidade, iniciativa local e impetuosidade – contando sempre em encontrar novas fontes de suprimento na retaguarda do inimigo.
Deixando de lado por um momento a questão da direção que nossa estratégia vai se desenvolver, não se pode deixar de notar, neste ponto, que os métodos de guerra “proletária” que, no olhar de Tarasov-Rodionov, torna os velhos oficiais “posicionais” inúteis para nós, são atualmente nem mais nem menos do que uma precisa descrição dos métodos e procedimentos de Dutov, Kaledin, Kornilov, Krasnov e Denikin. São eles quem não mantém uma sólida frente de batalha, é em seus exércitos que se atribui grande importância às unidades móveis, principalmente de cavalaria, é precisamente o método da guerra de guerrilha empregado por Shkuro, Pokrovsky e outros que consiste em sentir o ponto fraco do inimigo, assim como evitar seu núcleo principal, penetrando em sua retaguarda e encontrando lá novas fontes de suprimento dos elementos burgueses e dos kulaks da população. Assim, essa estratégia, a qual fraseologistas “comunistas” tentam legitimar como nova estratégia proletária, tem sido aplicada na prática, até agora, mais amplamente, persistentemente e sucessivamente, por ninguém menos que estes mesmos generais. A experiência testemunha que a “guerra em pequena escala” ou guerra de guerrilhas, no sentido da palavra definido acima, pode em certas circunstâncias ser uma arma extremamente afiada nas mãos de ambas as classes lutando na guerra civil; mas quando alguém está propondo, essencialmente, que nós aprendemos métodos de guerrilha de Kolkchak (esquiadores!) ou Denikin (cavalaria!), é bobagem conversar ao mesmo tempo sobre a estupidez “posicional” dos generais tzaristas.
“Guerra em pequena escala”, guerra de guerrilhas, como um tipo predominante de guerra, é a arma usada por um adversário fraco contra um forte. O forte tenta destruir, aniquilar o fraco. O último, consciente de sua fraqueza, mas não desistindo da luta, e evidentemente esperando que algumas mudanças vão ocorrer mais tarde, esforça-se, enquanto isso, para enfraquecer e desorganizar seu inimigo mais forte.
A “guerra em larga escala” (com grandes massas, unidade da frente de batalha, liderança centralizada, e assim por diante) é destinada a exterminar o inimigo. A “guerra em pequena escala” (unidades leves, móveis, operando com um considerável grau de independência uma da outra) é destinada a enfraquecer ou cansar o inimigo. Dutov, Krasnov e Denikin dependeram por muito tempo da obtenção de ajuda de fora. A tarefa deles foi dificultar o poder soviético, não o deixando ter nenhum descanso, para cortar importantes regiões dele, destruir a comunicação ferroviária com as fronteiras, e prevenir o desenvolvimento do trabalho econômico amplo e planificado. O método tradicional do lado mais fraco foi a guerra em pequena escala.
O poder soviético tem sido todo o tempo, e ainda é, o lado mais forte. Suas tarefas, para esmagar o inimigo de modo a libertar suas mãos para a construção socialista, não se alteraram desde o dia em que o poder soviético surgiu. No primeiro período, quando a Guarda Branca Russa confiava na ajuda da Alemanha, e depois da França e da Inglaterra, eram bem realistas, e quando os guardas brancos terminaram suas movimentações, de momento, para enfraquecer o centro soviético por golpes infringidos de suas fronteiras, o poder soviético esforçou-se por erradicar sem demora seus inimigos nas fronteiras, para não permitir que sobrevivessem até que a intervenção viesse de fora. Consequentemente, até no período de sua fraqueza inicial, o poder soviético buscou formar um exército centralizado e estabelecer uma frente de batalha contínua, para se opor às incursões guerrilheiras do inimigo.
Então, foi precisamente a posição política do proletariado como a classe dominante que guiou ele a adotar formas mais pesadas de organização militar, ao contrário dos “generais tzaristas” quem, como rebeldes, focaram sua experiência e habilidade sobre o desenvolvimento e aplicação da guerra móvel, guerrilheira, “em pequena escala”. Olhando para a conquista dos brancos da Sibéria e Arcanjo, e para a breve conquista deles das cidades de Volga, ou para o sucesso inimigo na frente ocidental, e também em considerável medida para os sucessos de Denikin no sul, é impossível não ver que o principal papel em todas essas operações foi jogado pelas incursões, avanços e movimentos com giros profundos, suplementado por revoltas ou conspirações na retaguarda, ou no próprio Exército Vermelho – em outras palavras, justamente aqueles métodos que Tarasov-Rodionov apresentava como especificamente proletários, como contra os métodos posicionais dos generais.
Mas deve ser dito aqui que, a menor esperança que restou de uma intervenção direta da Europa, e quanto mais seriamente os próprios sucessos de Denikin se desenvolveram, como o anterior de Jolchak, mais perceptível se tornou que ambos tentaram formar uma frente de batalha mais ou menos contínua e uma administração centralizada de largos agrupamentos militares, isto é, para passar da guerra “em pequena escala” para a forma principal da guerra em “larga escala”, que é meramente suplementada pelas incursões em “pequena escala”. O que foi expresso nessas mudanças de estratégia por parte de Kolchak e Denikin foi que, uma vez que eles perderam a esperança na ajuda militar exterior, eles mesmos tiveram que assumir a tarefa de não apenas enfraquecer, mas efetivamente destruir o poder soviético com suas próprias forças. Foi isso que exigiu a transição da guerra em pequena escala para a larga escala – a razão para a inevitável queda de Kolchak e Denikin, uma vez que o exército de massas da Guarda Branca está sujeito a desintegrar.
Uma bem conduzida guerra em “pequena escala” impõe demandas a todo participante que, certamente, não são mais leves do que aquelas da guerra em “larga escala”, mas, pelo contrário, são mais pesadas. Eu repito, não se deve confundir uma rebelião em que falta experiência militar com a guerra de guerrilha como tal. A revolta dos camponeses ucranianos contra a ocupação alemã e o governo de Shoropadsky, ou a revolta dos kulaks contra o poder soviético, diferiu profundamente em seus métodos das operações dos generais Shkuro e Pokrovsky. No primeiro caso, nós temos grupos que se rebelaram em um caminho semi-espontâneo, bastante caótico, organizado e armado de uma forma ou de outra, e apontando seus golpes tateando às cegas. No outro caso, nós temos unidades propriamente organizadas, tudo bem pensado até o último detalhe, com uma grande porcentagem de homens treinados (oficiais), com equipamentos e armamentos bem adaptados, e executando operações militares bem calculadas, livre de qualquer elemento de “aventureirismo”.
É bem claro que o que nós temos aqui são duas categorias profundamente diferentes, que não podem simplesmente ser encaixadas no padrão de estratégia dos “generais” e estratégia “proletária”, como Tarasov-Rodionov quer apresentá-las, mas como representações de diferentes condições, diferentes estágios da guerra civil, e são em diferentes momentos uma arma manejada algumas vezes por uma ou outra das classes em luta e algumas vezes por ambas ao mesmo tempo.
Nosso Exército Vermelho veio dos destacamentos da Guarda Vermelha e dos destacamentos de camponeses rebeldes, que somente mais tarde foram reunidos para formação mais ou menos completa na retaguarda. A Guarda Vermelha e os destacamentos camponeses foram hábeis para alcançarem sucessos apenas no período do primeiro surto revolucionário tempestuoso das massas trabalhadoras, quando a confusão e o desânimo geral reinaram entre as classes possuidoras quase desarmadas. A liderança operacional unificada pôde ser dada à Guarda Vermelha e aos destacamentos rebeldes apenas em um grau extremamente limitado. As linhas operacionais foram de fato linhas ao longo das quais a revolução se desenvolveu. Os destacamentos avançados ao longo da linha de menor resistência, isto é, na direção na qual elas encontraram maior simpatia e cooperação, eram onde foi mais fácil provocar revolta nas massas trabalhadoras. Nesse período, o comando não pôde definir tarefas operacionais independentes, e não foi, no principal, livre para escolher a direção dos seus golpes: ele pode apenas unificar, em certa medida, a pressão exercida pelos destacamentos, que avançaram quase como as águas de geleiras que derretem ao longo da encosta das montanhas.
Se nós concebermos a guerra de guerrilha como um método de eixos leves, manobras rápidas e afiadas, é claro que os destacamentos rebeldes, por meio de seu primitivismo e extrema inexperiência de seus combatentes e comandantes, foram, no mínimo, adequados para operações genuínas de guerrilha.
Por outro lado, foi muito mais fácil para Denikin, quem tinha a sua disposição um largo número de oficiais regulares (supostamente para sempre nas garras da cegueira “posicional”), formar destacamentos móveis bem construídos capazes de executar empreendimentos precisos e absolutamente responsáveis de caráter “guerrilheiro”.
Teria sido o mais puro absurdo de nosso comando central, hipnotizado pelos padrões da guerra posicional, não ter procurado desde o início trazer mais flexibilidade e iniciativa às operações e conceder um lugar adequado às incursões de cavalaria, mas no período inicial todos os nossos esforços nessa direção sofreram com a insuficiência do material humano treinado.
As operações de guerrilha pedem qualidades muito altas da parte dos comandantes – desde a liderança da unidade até o soldado sênior em cada uma das suas seções – e um alto nível de treinamento militar entre os recrutas. Era exatamente isso que nos faltava. Além do que, nós não tínhamos cavaleiros e cavalos selados suficientes. Se virmos a guerra móvel como a especialidade da classe trabalhadora (que é uma visão unilateral) e ver a cavalaria como um fator necessário na guerra móvel (o que é certo), nós teremos que reconhecer, não sem surpresa, que a cavalaria prospera com mais sucesso no que são precisamente as partes mais atrasadas do país – em Don, na área de Ural-Host3, nas estepes da Sibéria, assim por diante. Toda uma série dos mais destacados de nossos inimigos, tal qual Kornilov, Dutov, Kaledin, Krasnov, são ou foram cavaleiros…
A mesma situação foi observada há mais de meio século, na guerra civil na América do Norte, onde os Estados reacionários e escravistas do sul desfrutaram de uma tremenda superioridade em cavalaria, e, de acordo com isso, e também com o em geral alto nível de treinamento dos seus numerosos comandantes, distinguiram-se pela incomparavelmente maior capacidade de manobra e iniciativa do que era possuída pelos nortistas revolucionários e progressistas4.
A escassez de cavalaria, um exército mais difícil de treinar, obrigou nosso comando a tentar criar uma infantaria montada que seria capaz de guerra móvel, mas devido ao baixo nível das unidades de infantaria e a escassez de cavalos selados, essa tarefa não foi cumprida durante o primeiro período da guerra civil.
Novatos no marxismo estão tentando deduzir da psicologia agressiva do proletariado, em um só suspiro, sua organização militar e sua estratégia de classe. Fazendo isso, infelizmente, eles deixam de notar o fato de que as características agressivas de uma classe nem sempre correspondem a um suficiente número de… cavalos de cavalaria.
De tudo que foi dito, segue-se uma conclusão que é oposta à de Tarasov-Rodionov: o baixo nível do treinamento militar e da educação entre os guardas vermelhos e as massas rebeldes, e depois entre os recrutas, a extrema escassez de comandantes que eram tanto qualificados militarmente quanto inteiramente devotados à revolução, e a falta quase completa de cavalaria, naturalmente forçou o poder soviético a adotar a estratégia de “massa” e uma frente de batalha contínua, com características da guerra posicional – o que foi, no início, altamente instável.
Por outro lado, desconfiança da força humana camponesa e operária, uma abundância de comandantes experientes com a Guarda Branca, e um comparativamente abundante suprimento de cavalaria, impeliram os líderes militares da contrarrevolução a tomar o caminho dos destacamentos leves, móveis, e “riscos” bem calculados de guerrilha.
Mas, como foi mencionado, seria teoricamente imprudente atribuir estes dois tipos de guerra às classes em luta, meramente mudando os endereços. De fato, nós observamos mudanças em ambos os lados. Tendo ganhado certo sucesso, os generais da Guarda Branca estão recrutando camponeses e até trabalhadores para formar um exército numericamente imponente – que vai, naturalmente, faltar mobilidade e manobrabilidade. Ao lado desses ponderados exércitos “posicionais”, os guarda brancos estão formando unidades especiais ou corpos dotados de considerável grau de independência operacional.
Do outro lado, o Exército Vermelho, também, no processo de muitos meses de intensa luta em várias linhas de frente, com a grande variedade de condições naturais e situações operacionais, tem treinado dentro dele mesmo um número de excelentes unidades com comandantes experientes e empreendedores. Os esforços do primeiro período para criar destacamentos de guerrilha resultou apenas… na criação de um contexto para um batalhão de manobra, mas eles não produziram destacamentos móveis realmente competentes para executar as tarefas da guerrilha. Nós agora possuímos todos os pré-requisitos para tais destacamentos, embora, mesmo agora, nós tenhamos que superar dificuldades substanciais em criar uma força de cavalaria. Essas dificuldades diminuirão quanto mais nós penetrarmos nas estepes de Orenburg e quanto mais nós avançarmos na região de Don.
Introduzir grande mobilidade e iniciativa na atividade de combate do Exército Vermelho é agora muito mais factível do que foi há um ano ou seis meses atrás. Mas, nessa esfera, nós estamos precisando, em uma extensão considerável, aprender precisamente dos “generais tzaristas”, e, além disso, daqueles que nós estamos combatendo no outro lado da barricada.
Concluindo, pode-se dizer que, como resultado da prolongada guerra civil, os métodos militares de ambos os exércitos estão se aproximando. Enquanto agora estamos dando muita atenção à criação da cavalaria, o inimigo, que há muito tempo seguiu nosso exemplo realizando recrutamento em massa, começou a formar seu próprio departamento político, centros agitativos e trens agitativos. Nós observamos a mesma aproximação nos métodos e procedimentos de ambos os lados na guerra imperialista, igualmente. Quando eles se combatem por muito tempo, os inimigos aprendem uns com os outros: eles descartam o que em sua prática se mostrou inútil e dominam o que lhes faltava inicialmente.
Mas sem menosprezar a importância da técnica, organização ou liderança operacional (em todas essas esferas, como eu tinha dito, uma certa equalização está tomando lugar), nós podemos dizer, com completa confiança, que, em última análise, o resultado da luta será decidida por aqueles “centros agitativos” que provarem ser os mais fortes, isto é, por aquelas ideias que provarem ser mais convincentes para as massas do povo e capazes de uni-las nesse laço espiritual sem o qual nenhum exército pode existir. Mas, neste assunto, não há espaço para dúvida. Ao longo das nossas frentes de batalha, se move o trem nomeado depois de Lenin, o trem do camarada Kalinin5; o trem de… Purishkevich.
O resultado da luta é pré-determinado. Tudo o que resta é acelerar a vitória não saindo do caminho tomado, não sendo pego no doutrinarismo psudo-proletário e aprendendo com a vida, seja qual for a forma que ela apareça, até na forma de generais tzaristas “empreendedores”.
Notas:
1 A. Tarasov-Rodionov, comandante de brigada durante a guerra civil, tornou-se escritor depois de 1921. Sua novela sobre a Cheka [polícia secreta da União Soviética que sucedeu a Okrana – NT], Chocolate (1922), apareceu com tradução inglesa em 1933. Ele estava entre os acusados em um dos julgamentos após os anos 1930, e morreu na prisão, ou foi executado, em 1938.
2 As teses do camarada Tarasov-Rodionov’s foram publicadas em duas em duas edições do Voyennoye Dyelo, números.17, 18 e 19, de 1919, sob o título: Construindo um Exército. Foram vinte teses ao todo. Aqui estão alguns extratos delas:
“O tamanho relativamente pequeno do Exército Vermelho, se comparado com o exército durante a Guerra imperialista, duvido a condições econômicas e militares, torna a guerra de posição impossível e a substitui pela guerra de manobra, que obriga os comunistas no exército a estudarem a história e a arte de operações de manobra na guerra anterior. A construção do Exército Vermelho deve também ser subordinada ao caráter de manobra da guerra de classes. (…) A guerra de manobra requer intensa e próspera formação de cavalaria, que tinha sido eliminada na guerra posicional nos últimos tempos, e também a formação de uma artilharia leve, comandos a cavalo e motocicletas, carros e trens armados, e torna necessário desconsiderar completamente o uso de morteiros e gás, e também outros tipos de armas pesadas que são a última palavra em tecnologia militar burguesa. (…)
Os diretores do aparato do estado militar burguês, os organizadores e administradores responsáveis do exército imperialista da guerra de posição, os líderes da política burguesa, generais e oficiais gerais, já que eles não entendem e não reconhecem a política de classe do proletariado, mas consideram os métodos de guerra apolíticos, independentemente da guerra e unicamente corretos, eles não podem ser úteis para o Exército Vermelho e, portanto, não são necessários para o Exército Vermelho.
3 Ural-Host foram os cossacos do rio Ural (também conhecido como Yaik), que correram para o sul pelas montanhas de Ural até o mar cáspio.
4 A guerra civil na América do Norte durou quatro anos, de 1861 até 1865. Problemas relacionados a contradição geral entre interesses econômicos e emancipação dos escravos guiaram a um conflito armado entre os senhores de terra aristocráticos do Sul e os industriais do Norte. A presença de um quadro de comandantes e de massas que estavam acostumadas a suportar os fardos da guerra deu grandes vantagens ao sul conservador. O Norte, com uma população predominantemente urbana (que, com certeza, era maior que a do Sul) e uma completa falta de comandantes, teve que sofrer inicialmente várias derrotas. No fim, os nortenhos venceram.
5 Kalinin viajou ao longo da frente de batalha do Sul em um trem “agit-prop”. V.M. Purishkevich foi um político reacionário extremo do período tzarista, e estava com as forças brancas no Sul neste período, editando o jornal em Rostovon-Don.
TRADUÇÃO DE PEDRO HENRIQUE CORRÊA.
PUBLICADO EM MARXISTS.ORG