‘Uma resposta contra toda uma série de teóricos e intelectuais que buscam negar a validade e atualidade do marxismo.’ (Jornal Luta de Classes)
É com enorme satisfação que a Editora Marxista apresenta no Brasil o livro de Alan Woods, Reformismo ou Revolução. O livro, já editado em dezenas de países em diferentes línguas, não poderia ser publicado em momento mais oportuno. Aqui no Brasil dividimos a obra em três partes, cuja primeira será lançada em 22 de Outubro.
O pano de fundo da obra é uma polêmica que Alan Woods trava com Heinz Dieterich, intelectual alemão que vive no México e se auto-intitula o mentor do Socialismo do Século 21, tornando-se conhecido no debate sobre os rumos da Venezuela.
Com muita competência, Alan mostra como as idéias de Dieterich, longe de apontarem a perspectiva do socialismo, no fundo são uma surrada repetição de idéias reformistas muito antigas.
Mas Reformismo ou Revolução é muito mais do que a polêmica com Dieterich. Na verdade, é uma resposta contra toda uma série de teóricos e intelectuais que buscam negar a validade e atualidade do marxismo.
Vivemos nas últimas décadas, em especial após a queda da URSS (União Soviética) e do Muro de Berlim, uma verdadeira avalanche ideológica contra o marxismo. Os intelectuais da burguesia buscaram a todo o custo – e conseguiram em grande medida – associar a derrocada dos regimes de inspiração stalinista do Leste Europeu à falência do marxismo e do socialismo.
Recentemente, com a crise econômica, tem havido um resgate de Marx e de seu pensamento. Entretanto, muitas vezes o que se tem resgatado é uma versão domesticada do marxismo. O livro então é também uma resposta para todos aqueles que pretendem dissociar o marxismo de sua essência revolucionária.
Alan Woods explica que Marx (e o marxismo) nunca se limitou a meramente “interpretar” a sociedade burguesa. Como nos afirma a célebre frase dele próprio nas Teses Sobre Feuerbach: “Os filósofos até agora se limitaram a interpretar o mundo; cabe agora transformá-lo”. O marxismo nunca foi apenas mais uma doutrina de explicação do mundo tal como ele é. O marxismo – expressado por seus grandes expoentes como Marx, Engels, Lênin e Trotsky – é fundamentalmente uma teoria revolucionária de ruptura com o que aí está, uma teoria para ação política da classe trabalhadora.
Para defender este ponto de vista, Alan Woods tem a vantagem de ser um profundo conhecedor do tema em questão. Seu livro passeia com desenvoltura sobre os mais diferentes assuntos. A primeira parte, que ora apresentamos, tem como tema o debate sobre o materialismo histórico e dialético e também sobre o caráter da transição do capitalismo ao socialismo, que discutimos um pouco mais acima. Na segunda parte, o eixo será a questão da crítica da Economia Política de Marx. Na última parte, o tema abordado é o debate vivo sobre Revolução na América Latina hoje, com ênfase em Cuba e na Venezuela.
Além do domínio sobre os assuntos abordados, Alan Woods oferece aos seus leitores a enorme experiência prática de um militante que tem atuado no movimento operário em vários países há quase meio século. Por isso seu livro tem o mérito de tratar de questões das mais complexas de uma forma simples e acessível.
Um livro escrito para os trabalhadores e jovens que lutam pelo socialismo. São eles que devem assimilar e batalhar pelas idéias de Reformismo ou Revolução. São eles que podem construir um futuro!