A partir da denúncia de um ex-funcionário ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a empresa alemã Siemens está mais uma vez envolvida em um escândalo internacional. Agora no Brasil e com governadores do PSDB no Estado de São Paulo e do DEM no Distrito Federal.
A partir da denúncia de um ex-funcionário ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), a empresa alemã Siemens está mais uma vez envolvida em um escândalo internacional. Agora no Brasil e com governadores do PSDB no Estado de São Paulo e do DEM no Distrito Federal.
Já havia sido descoberto e provado que entre 2001 e 2007 a Siemens pagou US$ 1,4 bilhão em propinas a autoridades de diversos países, em troca de contratos públicos. Por conta disso a empresa pagou uma multa total de US$ 1,6 bilhão e teve que trocar sua diretoria. O que deve ter saído bem barato frente aos lucros que a empresa teve superfaturando os contratos públicos.
A nova denúncia inclui a formação de cartel, ou seja, um acordo entre as empresas concorrentes de um mesmo setor para eliminar a concorrência e assim, elevar os preços. Nesse caso, a Siemens teria feito esses acordos com multinacionais da França, Canadá, Espanha e Japão para manipular os preços das licitações públicas para o metrô e trem de SP e pago propina a autoridades em diferentes administrações do PSDB por mais de uma década.
É claro que um tratamento especial para o caso foi dado pela grande mídia, ao contrário do dito mensalão, em que um espetáculo público de linchamento de dirigentes petistas foi feito sem provas. Um ódio de classe ao PT, apesar de todas as bondades de seus dirigentes à classe dominante. Agora essa mesma grande mídia tenta minimizar a questão e não fala em corrupção, mas somente na formação do cartel, tentando não sujar a imagem do PSDB, apesar de haver provas da ligação com os governos de Covas, Alckmin e Serra. É bom recordar o mesmo silêncio da grande mídia nos casos revelados e provados de corrupção nas privatizações, o que ficou conhecido com a “privataria tucana”.
A Siemens é uma grande multinacional e um exemplo do que na verdade são as grandes corporações capitalistas. No passado, a Siemens utilizou mão de obra escrava de presos do regime nazista em suas fábricas. A burguesia é pragmática, compra quem puder, esmaga os trabalhadores, faz seus acordos, tudo para garantir o sagrado lucro. O Estado e os governantes estão a seu serviço. Como já dizia o Manifesto Comunista em 1848, o Estado é o “comitê executivo da burguesia”. Para acabar com essa podridão sem limites só há uma saída: poder à classe trabalhadora, socialismo.