Os servidores do Fundo Nacional do Desenvolvimento da Educação (FNDE) foram surpreendidos, no último dia 14, por um comunicado enviado pela instituição. Com previsão do retorno ao trabalho presencial marcado para o dia 09 de setembro, os trabalhadores foram informados que deverão pagar pelo teste de Covid-19, arcando com o custo do exame. O comunicado, inclusive, traz uma tabela com preços, endereços e telefones de laboratórios particulares, e regras para que cada servidor agende seu exame. Os valores variam entre R$85 e R$200.
O FNDE é uma autarquia ligada ao Ministério da Educação e conta com mais de 1500 servidores. A administração do órgão alega que o retorno foi negociado com a Associação dos Servidores do FNDE (ASFNDE), o que é negado pelo presidente da entidade, Manoel Antônio Rodrigues.
A notícia causou espanto entre os servidores da pasta. Além do abuso econômico causado pela orientação, existe a preocupação de que o caso abra um precedente que prejudique os profissionais de outros setores no retorno ao trabalho presencial. Além disso a Associação dos Servidores do FNDE não teve aval da categoria para tal negociação, conforme os funcionários informaram ao jornal Metrópoles.
Os trabalhadores decidiram em assembleia virtual deflagrar um estado de greve. Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Federais do Distrito Federal (Sindsep-DF), um ofício foi enviado à direção do órgão informando que os servidores entrarão em greve sanitária caso o governo decida retomar o trabalho presencial neste momento em que o contágio pelo novo coronavírus alcança índices alarmantes no Brasil.
Todo apoio aos servidores do FNDE neste momento grave onde a pandemia avança em níveis perigosos por todo o Brasil. A classe trabalhadora não deve pagar pelos erros da burguesia, que insiste em tratar os trabalhadores como bucha de canhão. Cabe aos trabalhadores a organização de classe para frear esses ataques e garantir todos os direitos.