Foto: Félix Zucco / Agencia RBS

Todo apoio à greve da educação no RS, unificar as lutas com “Fora Bolsonaro”

No dia 18 de novembro foi deflagrada a greve da educação pública no Rio Grande do Sul, com apoio de outras categorias do funcionalismo público. As razões da greve são muitas. Desde o parcelamento dos salários, até o mais novo pacote de Eduardo Leite que ataca os servidores públicos em diferentes frentes:  aumento da alíquota previdenciária que já é de 14%, podendo chegar a mais de 16%, inclusive para aposentados; tentativa de proibição da liberação dos servidores para participação em assembleias e eventos sindicais; parcelamento e redução das férias; ataque à estabilidade, promovendo avaliações punitivas; dificuldade para se aposentar por invalidez e instituição do tão criticada banco de horas.

Diante disso, o servidores respondem até o momento de modo heroico. Após mais de duas semanas de greve, mesmo sofrendo com o corte de ponto e anúncio de reposição das aulas em janeiro, o movimento continua com milhares de professores nas ruas e com centenas de escolas paralisadas. E tudo isso mesmo após a brutal repressão do dia 26 de novembro.

Apesar da enorme disposição de luta apresentada pela categoria, vemos as direções sindicais investirem, novamente, na linha da derrota. Ao invés de ampliar o movimento e se apoiar na comunidade escolar, ou seja, nos estudantes e na classe trabalhadora; ao invés de pressionar a CNTE para a convocação da greve geral da educação para unificar todas as categorias que estão na mira de Bolsonaro a partir da exigência da derrubada do governo federal, a direção do CPERS/Sindicato segue na adaptação à linha sindical e à pressão institucional efêmera.

Sem colocar em questão os governos federal e estadual, levantando “Fora Leite” e “Fora Bolsonaro”, mobilizando o conjunto da classe trabalhadora por meio dessa política de frente única das lutas, não será possível fazer o movimento avançar. Lembremos dos servidores municipais de Florianópolis que, em 2017, derrotaram os ataques com a política mais acertada do momento. Conectaram a luta municipal à luta nacional contra Temer e ampliaram o terreno de batalha para o conjunto dos trabalhadores na cidade, fortalecendo imensamente o movimento. Porém, a direção do sindicato estadual do RS, assim como da CNTE, não dão nenhum lampejo de mudança de linha política.

Nos solidarizamos com o forte movimento dos trabalhadores da educação pública do Rio Grande do Sul, mas apontamos a necessidade de o movimento de levantar as bandeiras corretas e de superar as hesitações e traições das atuais direções sindicais para ser vitorioso.

  • ABAIXO O PACOTE DE ATAQUES DE EDUARDO LEITE!
  • FORA LEITE! FORA BOLSONARO!
  • TODO APOIO À LUTA DOS PROFESSORES DO RS!