A Praça Taksim, em Istambul na Turquia, tornou-se um símbolo para a esquerda desde o “Massacre do 1º de Maio” ou “Domingo Sangrento de 1977”, quando 34 pessoas foram assassinadas e 120 ficaram feridas.
A Praça Taksim, em Istambul na Turquia, tornou-se um símbolo para a esquerda desde o “Massacre do 1º de Maio” ou “Domingo Sangrento de 1977”, quando 34 pessoas foram assassinadas e 120 ficaram feridas.
A ditadura militar de 1980 proibiu manifestações na praça, veto que só foi levantado pelo Governo de Erdogan em 2009.
Nos quatro anos seguintes, centenas de milhares de pessoas festejaram a data em Taksim, sem incidentes; mas em 2013, após os protestos no parque Gezi em junho, o governo voltou a proibir as manifestações na praça.
Este ano mais de 20 mil policiais e 70 veículos armados impediam o acesso à Taksim em um raio de três quilômetros, com barreiras, interrupções nos serviços de transporte e até mesmo fechamento do espaço aéreo. Policiais atacavam manifestantes com gás lacrimogêneo.
O chefe de polícia, Selami Altinok, admitiu 203 detenções e 24 feridos (58 segundo a agência EFE). Cerca de 30 membros do PC turco foram detidos ao tentar chegar à praça através de um hotel. Eles resistiram à prisão formando uma corrente humana com seus braços e pernas.
Além de Istambul, ocorreram manifestações no 1º de Maio em Ankara, Esmirna, Zonguldak ou Konya.
Segundo Efe Ebru, uma estudante e ativista presente na manifestação de Besiktas: “O governo teme que as pessoas possam recuperar o espírito de Gezi se marcham até Taksim e que talvez voltem a ocupar a praça ou o parque” (…) “Querem que nos esqueçamos de Gezi”.
O que o governo e a burguesia turca temem é que esse espírito ressurja tendo uma expressão organizada dos trabalhadores e estudantes, única forma de enterrar o feroz regime capitalista turco.