Panfleto distribuído pelos militantes da Esquerda Marxista no ato nacional de 18 de setembro em São Paulo.
A Ford, em São Bernardo do Campo, entra em greve contra as demissões, somando-se às dezenas de greves operárias que já ocorreram esse ano. Várias categorias de servidores federais estão em greve e convocam uma greve geral para o dia 23/09. Mais de 40 setores do funcionalismo público do Rio Grande do Sul estão em greve para receber o salário em dia (o governo está pagando em parcelas!). A crise do capitalismo se aprofunda e a burguesia e seus governos aprofundam os ataques. É preciso unidade e luta para abrir uma saída pela esquerda para a atual situação.
Panfleto distribuído pelos militantes da Esquerda Marxista no ato nacional de 18 de setembro em São Paulo.
A Ford, em São Bernardo do Campo, entra em greve contra as demissões, somando-se às dezenas de greves operárias que já ocorreram esse ano. Várias categorias de servidores federais estão em greve e convocam uma greve geral para o dia 23/09. Mais de 40 setores do funcionalismo público do Rio Grande do Sul estão em greve para receber o salário em dia (o governo está pagando em parcelas!). Os bancários e petroleiros preparam greves nacionais em torno de suas campanhas salariais. O MTST promete uma onda de mobilizações para impedir os cortes nos programas habitacionais do governo federal.
Trabalhadores e jovens dão seguidas demonstrações de disposição de luta, apesar de muitas das direções agirem pra frear os movimentos, escolhendo o caminho da colaboração com os patrões, defendendo o PPE e o Lay Off para os trabalhadores.
O governo Dilma decide ir mais fundo no ajuste e apresenta novo pacote com um corte de R$ 26 bilhões no orçamento de 2016, incluindo suspensão de concursos, congelamento do salário de servidores, redução de gastos com a saúde e em programas sociais.
Ainda assim, a burguesia quer muito mais, quer cortes na previdência, nas pensões, nos salários e empregos públicos. Se a Federação dos Bancos aprovou o pacote, como uma “ponte” para mais ataques, a Confederação das Indústrias tem outra opinião: é preciso ir mais fundo, já!
O desemprego atinge fortemente os trabalhadores, já somam mais de 600 mil os desempregados que tinham carteira assinada no início desse ano! Nenhum setor contrata mais do que demite.
Os novos impostos propostos, como a CPMF, não são “neutros”: atingem principalmente o consumo, com as empresas repassando o valor do imposto para os produtos, alimentando a inflação, enquanto os ricos movimentam suas contas no exterior ou nas “contas investimento” que não são tributadas.
Só o financiamento do Banco Central (BC) às empresas que tem dívidas em dólares (as vendas “swaps” para “ajustar” a cotação) deu um prejuízo de 90 bilhões de reais ao BC e garantiu este valor líquido para grandes empresas, inclusive multinacionais!
A crise do capitalismo se aprofunda e a burguesia e seus governos aprofundam os ataques. É preciso unidade e luta para abrir uma saída pela esquerda para a atual situação.
Para construir esse caminho, em nada contribui, na atual situação, palavras de ordem do tipo “Fora Dilma” ou “Basta de Dilma”, que confundem-se com o coro dos setores de direita. Não é esta a reivindicação que pode unificar jovens e trabalhadores para o combate. Uma alternativa à esquerda a esse governo, que traiu as aspirações populares e, por isso, não tem apoio do povo trabalhador, precisa ser construída através da unidade no combate contra os ataques e pela construção da auto-organização da classe, abrindo o caminho para um governo dos trabalhadores.
A Esquerda Marxista se coloca contra o ajuste fiscal e levanta as reivindicações que buscam unificar todos os movimentos na luta contra a burguesia e seus ataques, para construir uma saída verdadeiramente pela esquerda, uma saída socialista.
– Contra o ajuste fiscal! Abaixo o pacote de cortes de Dilma/Levy!
– Não ao pagamento da dívida interna e externa! Estatização do sistema financeiro sob controle dos trabalhadores.
– Tributação dos investimentos em bolsas e no mercado financeiro, tributação dos lucros remetidos ao exterior!
– Reestatização de todas as empresas privatizadas sob controle dos trabalhadores!
– Saúde, educação e transporte, públicos e gratuitos para todos.
– Estabilidade no emprego, reajuste automático de acordo com a inflação. Não ao PPE e ao Lay Off.
– Por um governo dos trabalhadores!