Vitória dos servidores de SP! Continuar a luta e enterrar o SAMPAPREV!

Desde o dia 8 de março deste ano, os servidores municipais de São Paulo iniciaram uma verdadeira batalha contra o tucano João Doria e seus planos de desmantelamento dos serviços públicos na maior cidade do país. O ataque via Projeto de Lei 621, conhecido como SAMPAPREV, significaria um confisco de quase um quinto dos salários dos servidores só com contribuição previdenciária, fora o fim do plano de carreira e a desestruturação da carreira dos servidores municipais.

O SAMPAPREV apareceu primeiro com o petista Haddad e seus efeitos foram potencializados por Doria. Ele surge junto ao pacote de medidas que organizações internacionais burguesas como a Organização da Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) impõem ao Brasil no sentido de garantir a taxa de lucro aceitável das classes dominantes, como banqueiros e acionistas, parasitas de todas as espécies. Essas medidas têm expressão nacional (Reforma Trabalhista, Reforma da Previdência, Redução do Salário Mínimo, Congelamento dos gastos públicos) e são reproduzidas também em nível municipal. Eis o cerne desse ataque: num contexto de crise, aumentar a exploração da classe trabalhadora.

Apesar de muitas organizações apontarem para um conservadorismo da classe trabalhadora brasileira, o que vimos como resposta a esse ataque foi um exemplo de resistência e organização.

Encabeçados pelo SINPEEM, principal sindicato dos professores da rede municipal, os servidores, só na educação, iniciaram o movimento já com quase 100% de paralisação (93% de acordo com a Folha de São Paulo). No dia 14 de março, uma brutal repressão atingiu uma das manifestações dos servidores na Câmara Municipal, culminando numa violência sem precedentes contra a categoria, sob responsabilidade direta de Doria e Alckmin. Somado a isso, a execução de Marielle no Rio de Janeiro também demonstrou a podridão deste sistema e a necessidade de sua superação. Todos esses fatos fizeram explodir o movimento.

Já no dia 15 de março mais de 100 mil pessoas tomaram as ruas do centro de São Paulo, dentre eles não só servidores, mas estudantes, seus pais e trabalhadores em solidariedade. A partir daí, o movimento não parou de crescer, as manifestações se intensificaram, o apoio popular se ampliou. Inúmeras reuniões com a comunidade escolar foram realizadas, junto a atos regionais e assembleia contínuas, às vezes duas na semana, seguidas de atos.

No âmbito institucional os covardes vereadores paulistanos da base de apoio de Doria começavam a temer andar pelas ruas do centro de São Paulo e começou uma hesitação quanto a declarar apoio ao PL 621. Essa hesitação se materializou no adiamento da votação do SAMPAPREV em 120 dias para “análise”.

Não nos enganemos! São 120 dias para pensar como irão implementá-lo. Esperam que o movimento reflua, que a força dos servidores desapareça e que possam nos pegar desprevenidos num futuro próximo.

Assim, o coletivo Educadores pelo Socialismo convida a todos que combateram dia a dia neste belíssimo e vitorioso movimento a discutir táticas de continuidade da luta para enterrarmos definitivamente o SAMPAPREV. Mais do que isso, é preciso compreender que os ataques dos governos estadual e federal não cessarão.

Deste modo, uma permanente luta socialista pela superação deste podre sistema também se faz necessária até sua derrocada final. Porém, hoje, aproveitemos para celebrar essa vitória e recarregar as energias! Porque a luta vai continuar e o SAMPAPREV os servidores vão enterrar!

VIVA A LUTA DA CLASSE TRABALHADORA!

PELA TOTAL RETIRADA DO SAMPAPREV!

Debate: Continuar a luta e enterrar o SAMPAPREV!

Local: Livraria Marxista, rua Tabatinguera 318, Sé.

Data: 07 de Abril (Sábado)

Horário: 14 horas.