O PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) está chamando a realização de manifestações populares em apoio ao resultado eleitoral enquanto a direita não reconhece o resultado. Uma disputa democrática? Vejamos como encara a situação, o comando da oposição.
O chefe do comando da campanha de Capriles, Ramón Aveledo, respondeu aos chavistas afirmando que organizar concentrações populares era ilegal. “Em Miraflores, mais ainda”, declarou (http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,chavismo-chama-povo-a-defender-resultado-capriles-denuncia-fraudes-,1021009,0.htm)
Sem dúvida, esta posição inicial muda rapidamente – depois de verificar que as manifestações populares não foram interrompidas apesar da sua “afirmação” que procurava colocar o povo na ilegalidade, o ex-candidato derrotado nas urnas pretende chamar uma manifestação popular exigindo a recontagem de votos. E, é claro, ele obtém apoio. De onde vem o apoio?
Em primeiro lugar do governo dos EUA. Sim, daquele país que conseguiu resolver um dia as eleições na Flórida, aonde aposentados e negros foram impedidos de votar e ainda assim um republicano chamado Bush tinha perdido, antes do seu irmão, governador do Estado, “validar” a sua “eleição”, o Supremo Tribunal dos EUA aceitar tal “validação” e o candidato vencedor aceitar a “derrota”. Sim, este país tão “democrático” aonde somente os dois grandes partidos conseguem financiamento estatal para concorrerem enquanto os outros “pequenos” partidos penam na miséria, aonde só os dois grandes partidos podem participar dos debates eleitorais, o governo burguês deste país corre a validar o pedido da “oposição”.
Desnecessário dizer que o segundo apoio que ele consegue é do Secretário Geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), esta organização subordinada aos EUA com “aparência” de democrata e que até hoje impede Cuba de ter seu lugar. Belos apoios!
O ex-candidato da oposição está indo mais longe. Trata Maduro como “governo ilegítimo”. A polarização avança na Venezuela e os marxistas sabem o seu lado: com o proletariado, contra a reação burguesa!