A luta contra a Reforma da Previdência só pode ser vitoriosa com a verdadeira mobilização da base, construindo uma greve geral que coloque o governo e o Congresso Nacional na parede pela retirada integral do projeto. A Greve Geral é uma tarefa imediata. A data de 14 de junho, indicada pelas centrais para um dia de paralisação, além de muito distante, busca restringir de antemão a greve a um único dia. Por que não convocar o início de uma greve geral junto com a greve nacional da educação, já aprovada pelos educadores para iniciar em 15 de maio?
A direção da CUT e das demais centrais convocaram neste ano um 1º de Maio unificado. Mas permanece em diferentes locais a convocação de atos com destaque para os shows musicais de grandes estrelas. Não é assim que se constrói a mobilização necessária para pôr abaixo a reforma e o governo. O 1º de Maio deve ser militante e de luta, não um dia de festa, com alguns discursos aparentemente combativos, mas que escondem a prática real de conter e desviar o movimento da base.
O caminho de “pressão” dos sindicalistas sobre os deputados nos aeroportos, de chamar atos e não mobilizar (e depois culpar os trabalhadores por sua “falta de consciência”), a linha petista de buscar negociar uma reforma “menos danosa”, esta é a política da derrota. A classe trabalhadora está disposta a lutar, está majoritariamente contra a Reforma da Previdência apesar de toda a propaganda do governo e da mídia a favor, ela pode enterrar esta contrarreforma a serviço do capital financeiro, que sangra o país através da fraudulenta dívida pública. A maior greve geral da história do movimento operário brasileiro, realizada há dois anos, mostrou uma disposição de luta que permanece latente.
O apoio a Bolsonaro derrete. Apenas 35% consideram o governo ótimo ou bom. Há impaciência e divisões na burguesia diante da incompetência e do amadorismo de Bolsonaro e seus ministros, expressão da própria decadência do capitalismo. Existe um amplo terreno para construir, junto ao combate à Reforma da Previdência, um massivo movimento pelo Fora Bolsonaro. Derrubar este governo através da mobilização da classe trabalhadora e da juventude significaria uma derrota para a burguesia e o imperialismo, um fortalecimento para as forças do proletariado, o que pode abrir uma situação revolucionária no país para pôr abaixo o conjunto do regime. Neste 1º de Maio a Esquerda Marxista estará nas ruas, dialogando e apresentando suas análises e posições. Junte-se a nós!
Abaixo a Reforma da Previdência!
Revogação da Reforma Trabalhista!
Construir a Greve Geral!
Não pagamento da Dívida!
Fora Bolsonaro!