Este texto será distribuído como panfleto nas mobilizações deste 31 de Março em todo o Brasil pelos militantes da Esquerda Marxista.
Temer tenta se equilibrar no cargo enquanto distribui golpes e mais golpes em cima dos trabalhadores. Tal qual um chacal ferido de morte, ele morde e arranha tentando sobreviver.
No Tribunal Superior Eleitoral, ele manobra para evitar a votação já da cassação da chapa Dilma-Temer, esperando que os dois novos ministros nomeados por ele o livrem da cassação. No Congresso, ele ameaça em um dia sancionar o projeto de liberação geral da terceirização e em outro dia tenta outras manobras. Legalmente falando, tal lei não poderia ter ido à votação (foi retirado pela Presidência da República, no primeiro mandato de Lula), mas está votado e na mesa de Temer.
Enquanto espera que o STF defina algo, Temer reclama que trabalha demais, ligando e almoçando com parlamentares e empresários. Negocia com a já cooptada Força Sindical a Reforma da Previdência e a terceirização em troca de manter o imposto sindical ou substituí-lo por uma “contribuição confederativa obrigatória”, ou seja, muda o nome e mantém tudo igual.
Na Reforma da Previdência, cada dia o presidente de plantão dá uma orientação diferente – retira os servidores estaduais da reforma, inclui os servidores estaduais mas retira policiais e professores, esqueçam tudo isso e volte ao projeto original, etc. Maia, que fez votar a terceirização irrestrita, garante que aprova a reforma na Câmara ainda em maio. E tudo isso acontece depois que a manifestação da direita em apoio à Lava-Jato foi um grande fracasso e o 15 de março assombra a burguesia. Afinal, não é à toa que o senador Renan Calheiros consegue a assinatura de oito senadores do PMDB pedindo que o projeto da terceirização não seja votado.
As centrais sindicais se reuniram e decidiram chamar uma greve geral em 28 de abril. A Corrente Sindical Esquerda Marxista se junta a este chamado e precisa: as assembleias sindicais necessitam aprovar a greve e um apelo para que a CUT e demais centrais convoquem um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora para decidir a continuidade da luta. Parar dia 28 vai abalar Temer e o Congresso, mas é preciso derrubar todos eles. “Se empurrar, o Temer cai”, gritam os manifestantes nas ruas.
É preciso dizer claramente o que queremos, e as centrais não dizem – queremos o fim de toda terceirização, queremos a rejeição de todo projeto da reforma da previdência, queremos a rejeição completa da reforma trabalhista, queremos derrubar Temer e o Congresso. É preciso dar voz e voto a esta base para que ela possa decidir como lutar contra Temer e o Congresso, como impedir a retirada de direitos. A base mostrou que está disposta a lutar no 15 de março. E vai mostrar mais força no 28 de abril. Vamos juntos gritar:
Fora Temer e o Congresso Nacional!
Todos juntos na greve do dia 28 de abril!
Por um Encontro Nacional da Classe Trabalhadora!
2017.03.31 panfleto 31M(Nota da redação: A foto deste artigo foi alterada em 06/02/2018, às 11:59).