No Irã, os trabalhadores e os jovens combatem o regime dos Aiatolás. Jamal Saberi é um militante comunista do Irã que foi preso no Japão por denunciar e organizar atividades contra o regime repressor e corre o risto de ser deportado para o Irã e executado
O ativista iraniano, comunista de longa data, Jamal Saberi, que vive no exílio no Japão corre risco de ser deportado de volta ao Irã, onde ele poderia enfrentar a execução. 31 de março foi declarado um dia de protesto em apoio do seu pedido de asilo. Organize atos em frente à embaixadas e consulados japoneses, e adicione a sua voz ao protesto.
O nome Jamal Saberi é conhecido por muita gente, especialmente no Irã e Japão. Ele é um refugiado iraniano que vive no Japão há anos e é conhecido como um ativista incansável comunista que lutou contra a República Islâmica e racistas, contra as políticas anti-imigrantes do estado japonês.
A determinação e as qualidades pessoais de Jamal são exemplares de um comunista. Ele, na medida em que o autor sabe, é o único membro do Partido dos Trabalhadores Comunistas do Irã no Japão, mas, sozinho, conseguiu organizar, por exemplo, dezenas de comunistas e ativistas japoneses para manifestações em frente à embaixada da República Islâmica, em Tóquio. Ao mesmo tempo, ele tem sido um lutador incansável pelos direitos dos refugiados no Japão e seu caso é muito conhecido entre os japoneses, que continua a pedir asilo político contra um governo que parece não ter a intenção de conceder-lhe qualquer benefício.
É por isso que foi surpreendente e, ao mesmo tempo não é surpreendente, quando ouvimos que ele está sendo deportando pelo Ministério da Justiça do Japão para o Irã, onde ele correria o risco, imediato, de enfrentar, nada mais nada menos, do que sua execução.
É surpreendente, porque não se pode acreditar como é vergonhosa a atitude do governo japonês e como ela pode se atrever a escolher um major, conhecido ativista do anti-regime, para a deportação à República Islâmica… e isto depois das pessoas em todo o mundo terem visto, ao longo dos últimos meses, como este regime sangrento lida com os seus adversários revolucionários (especialmente os membros dos grupos comunistas).
Por outro lado, não é surpreendente porque o estado japonês parece estar plenamente consciente do fato de que este é um processo essencial e, portanto, quer se livrar de Jamal para que isso seja uma vitória contra os bárbaros, e fortaleça o sistema anti-trabalhador de imigração no Japão. Eles parecem estar concordando com este negócio escandaloso com a República Islâmica, enquanto eles podem se livrar de um ativista comunista!
Por isso, é importante lutar pela liberdade de Jamal e sua imediata saída da prisão. Hambastegi, a Federação Internacional de Refugiados iranianos, declarou 31 de março como um dia de ação global contra as políticas de imigração japonesa e pela liberdade de Jamal. As pessoas vão se reunir em frente às embaixadas e consulados japoneses em 31 de março e expressar a sua forte oposição ao tratamento do governo japonês de refugiados, que é uma forma de dividir a classe trabalhadora entre “nativos” e “imigrantes”.
Você irá encontrar informações mais detalhadas sobre esta campanha aqui, onde você também encontrará informações sobre como obter cartas de protesto às autoridades japonesas.
Apelamos a todos os nossos apoiadores para acrescentar a sua voz à esta campanha e contribuir para a liberdade do Jamal, impedindo a sua expulsão e ganhando o estatuto de refugiado que ele vem buscando há anos, como o primeiro passo para uma luta da classe trabalhadora contra o racismo e as leis de imigração do Estado japonês.