Nos protestos de 20/2 em Marrocos, o Estado reprimiu as massas, levando a pelo menos 9 mortes e muitas prisões. Um militante da Liga de Ação Comunista (LAC), seção da CMI em Marrocos, foi preso e torturado. Pedimos solidariedade para repudiar essas ações.
Em 20 de fevereiro, as massas marroquinas saíram às ruas por todo o país e a oeste do Saara para protestar contra o despotismo e a opressão. O aparato repressivo da monarquia, com seus vários contingentes, organizou um feroz esquema de repressão contra os manifestantes. Eles usaram helicópteros, cassetetes, gás lacrimogêneo, balas de borracha e munição real, e jogaram viaturas policiais a toda velocidade em cima dos manifestantes.
Ao mesmo tempo, uma série de detenções arbitrárias foi realizada, com invasão de lares e apreensão de objetos pessoais. A feroz repressão continuou no dia seguinte, levando a mais vítimas. Pelo menos 9 pessoas morreram e muitas ficaram feridas. O número de detenções é desconhecido.
Militantes da Liga de Ação Comunista que se manifestavam com o povo, também foram alvos da repressão – com intimidações que levavam a delações de mão em mão, resultando em perseguições e prisões.
Em 21 de fevereiro, Moncef Laazouzi, nosso camarada, um estudante na Universidade Ben Mohamed Abdellah, na cidade de Fez, foi raptado por forças policiais e torturado. Mais tarde, soubemos de sua internação no Hospital Universitário de Fez, pois ele havia sofrido várias lesões, incluindo um pé fraturado e sangramento do baço. Estes ferimentos exigiram cirurgia.
O que aconteceu com nosso companheiro é apenas um exemplo da repressão sofrida diariamente por nosso povo, pelas correntes de esquerda e do movimento sindical como um todo – com o silêncio cúmplice da mídia. Mas nós declaramos que, apesar da repressão, continuaremos nossa luta até a derrocada final deste sistema ditatorial e de exploração.
Apelamos a todos os militantes, ativistas e internacionalistas da classe trabalhadora de todos os países para mostrar sua solidariedade com os trabalhadores e a juventude de Marrocos, e com todas as vítimas da repressão por parte da Monarquia. Temos que exigir a suspensão imediata da campanha de prisões e assassinatos que continua inabalável. Todos os responsáveis por esses crimes hediondos devem ser julgados. Apelamos para as diferentes formas de solidariedade: protestos em frente às embaixadas e consulados de Marrocos, a adoção de resoluções de solidariedade por parte dos sindicatos e organizações de esquerda, da juventude, etc…
Você também pode enviar cartas e mensagens de protesto e repúdio a estes endereços:
Primeiro-Ministro de Marrocos
Fax: 00212 537761777
courrier@pm.gov.ma
Ministro do Interior
Fax: 00212537767404 ou 00212537761777
courrier@mi.gov.ma
Ministro da Justiça
courrier@mj.gov.ma
Favor enviar cópia de todas as mensagens para: lac@marxy.com
A força da classe trabalhadora está em sua unidade!
Trabalhadores de todos os países, uni-vos!
Liga de Ação Comunista (Marrocos), 25 de fevereiro de 2011.