Os assassinatos de Marielle Franco e Anderson Gomes ganharam repercussão mundial e expressivas manifestações pelo país.
Os governantes, a burguesia e seus meios de comunicação foram obrigados a emitir lamentações hipócritas pelo assassinato da vereadora do PSOL. A rede Globo deu destaque para a repercussão do caso, escondendo a revolta popular contra os governos, a intervenção federal no RJ e a Polícia Militar, resumindo tudo a uma luta por democracia. Grupos de extrema direita, por sua vez, têm propagado calúnias sobre a vida e a luta de Marielle.
Essa execução de uma militante de esquerda é mais uma expressão da decadência do regime capitalista e seu Estado. Ela foi assassinada justamente no momento em que elevou as críticas às ações da polícia e à intervenção no RJ. Um dia antes de morrer denunciou: “Mais um homicídio de um jovem que pode estar entrando para a conta da PM. Matheus Melo estava saindo da igreja. Quantos mais vão precisar morrer para que essa guerra acabe?”.
Ela morreu, jovens pobres e negros continuam morrendo nas favelas e bairros populares pelo país. Em um único final de semana no Rio de Janeiro, 8 mortos na Rocinha pela polícia, 5 em Maricá.
Um manifesto internacional foi lançado reivindicando investigação independente do assassinato de Marielle. Importantes personalidades, intelectuais e ativistas encabeçam a lista de assinantes.
A Esquerda Marxista se soma a essa campanha. Não é possível confiar em uma apuração realizada pela polícia, alvo das críticas de Marielle. O Estado burguês e seu braço armado estão a serviço da classe dominante, contra a luta da classe trabalhadora. Nenhuma confiança nessas instituições podres!
Uma comissão independente deve ser formada, com total acesso aos dados e arquivos da polícia. Lutar pela verdade, para desvendar quem foram os mandantes e executores do assassinato de Marielle, é um recado a todos os que pretendem calar a luta dos oprimidos com ameaças e mortes.
Jovens e trabalhadores dão seguidas demonstrações de disposição de combate e ódio ao sistema vigente. A reação massiva contra o assassinato de Marielle tem sido mais um exemplo disso.
Chamamos todos os nossos apoiadores a assinar o manifesto e a seguir a luta contra a repressão e a criminalização dos movimentos sociais, pelo fim da polícia, em defesa do direito da classe trabalhadora lutar por um futuro digno, livre da barbárie capitalista, pelo socialismo.