O representante dos banqueiros na educação, Abraham Weintraub anunciou o corte de 30% na UnB, UFF, UFBA, decisão que foi estendida pelo MEC para todas as universidades federais do país! O argumento utilizado por esse Inimigo da Educação é que as universidades estariam com dinheiro de sobra para gastar com bagunça e evento ridículo, para fazer ‘balbúrdia’. Argumento ridículo, que esconde o centro da discussão. O que explica esse corte não é nada mais nada menos do que a política de sucateamento dos serviços públicos e a privatização! O governo Bolsonaro está comprometido com o pagamento da dívida pública, dos banqueiros internacionais e vai cortar de todas as áreas sociais para cumprir com os objetivos fiscais. O espólio do patrimônio público e dos trabalhadores em benefício dos sanguessugas imperialistas.
Diversas universidades vão sofrer impactos enormes com esse corte, o que pode levar ao seu fechamento e daí a brecha para entregá-las aos tubarões do ensino privado. Devemos lembrar que as universidades federais já sofrem com os cortes de 30% de ‘gasto’ desde 2014, sob o governo Dilma. Com mais esse tiro, as universidades públicas correm sérios riscos de fecharem as portas, como consequência do sucateamento.
‘‘Primeiro a universidade não poderá pagar água e energia. Depois os contratos de prestação de serviços (como limpeza e segurança) deixarão de ser cumpridos. Em seguida, o restaurante universitário ficará sem recursos. Programas de assistência a estudantes pobres também estão ameaçados. E se a medida não for revista, o corte comprometerá as atividades da universidade já no segundo semestre deste ano. Este é um resumo dos primeiros efeitos da asfixia financeira de Bolsonaro na educação e ciências do Brasil, divulgado por várias instituições, como a Universidade Federal do Paraná (UFPR), que teve bloqueio de 30% de suas verbas de custeio, em 48 milhões de reais.’’ El País, 06/05/2019
Certamente ataques como esse serão estendidos às universidades públicas estaduais. O ataque não vai parar, porque Paulo Guedes quer aprovar a Desvinculação dos Gastos da União, que desobriga o investimento em educação e saúde em todas as esferas de poder.
E como se não bastasse o ministro de Bolsonaro, Abraham Weintraub, anunciou um corte na educação básica da R$2,4 bilhões! Em pouco mais de 100 dias, o governo Bolsonaro já cortou R$5 milhões com Vélez na gestão e mais esses cortes volumosos!
O que mais temos que esperar para dizer Fora Bolsonaro!?
Muitas organizações de esquerda, apesar de se manifestarem contra o governo Bolsonaro, não apontam uma saída clara, não apontam o Fora Bolsonaro com uma perspectiva revolucionária para salvar os serviços públicos e lutar pelo socialismo! Mas fica cada vez mais óbvio para cada estudante, cada trabalhador que esse governo não veio para ”mudar tudo que está aí”, é um governo que, quanto mais continuar no poder, mais vai atacar todos os nossos direitos e conquistas fundamentais! Os estudantes do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) compreenderam isso e tomaram o Fora Bolsonaro como consigna em sua manifestação.
Como começar essa luta?
Explicamos que o governo Bolsonaro é inimigo da educação em nossa pré-tese para o 57º CONUNE. E isso começa a ficar claro para cada vez mais estudantes, como ficou expresso na faixa da UFBA na manifestação do dia 06/05. Precisamos inflamar a juventude contra esse governo, por isso urge a vinculação desse ataque brutal contra a educação pública ao Fora Bolsonaro! Em cada manifestação, em cada assembleia isso precisa ir ficando cada vez mais claro e os secundaristas de Vitória deram o exemplo!
Ao mesmo tempo é necessário organizar a luta em cada universidade, é necessário construir uma greve estudantil contra os cortes! As universidades públicas precisam aderir ao chamado para a Greve Nacional da Educação marcada para o dia 15/05! Unificar a luta com professores e funcionários. Preparar greves estudantis contra os cortes na educação pública e pelo Fora Bolsonaro e cobrar isso dos Centros Acadêmicos, DCEs e da UNE!
A saída é aqui e é agora! A saída é Fora Bolsonaro! Esse combate, para nos dar uma perspectiva revolucionária e abrir a possibilidade real de construir uma nova sociedade, não pode estar conectado com as vias institucionais. Não queremos que se vá Bolsonaro e entre qualquer outro inimigo da juventude e dos trabalhadores em seu lugar. Queremos uma revolução socialista nesse país, que derrube as velhas instituições e abra o caminho para erguermos uma nova vida, onde a educação pública e gratuita realmente seja um direito universal com investimentos sempre crescentes! E somente uma sociedade que não esteja comprometida com os capitalistas e banqueiros pode nos promover isso!
A luta pelo Fora Bolsonaro e em defesa da educação pública, gratuita e para todos está totalmente ligada à saída revolucionária que precisamos: o socialismo! Cada corte, cada ataque está conectado com os interesses do capital. Não é possível para os agentes do capital e aqueles que o tentam regular investir garantir a educação pública, gratuita, de qualidade para todos. Isso conflita com os interesses por trás do pagamento da dívida pública, que é a forma moderna de dominação imperialista. É por isso que precisamos lutar pelo socialismo e por revolução!