A atual situação política internacional perdura há muito tempo. Demasiado tempo. O capitalismo não tem saída e só promete mais sofrimento. O proletariado, manietado pelas direções que se passaram com armas e bagagem para o lado do capital, resiste. Isto resulta numa tremenda pressão sobre todos os envolvidos.
A atual situação política internacional perdura há muito tempo. Demasiado tempo. O capitalismo não tem saída e só promete mais sofrimento. O proletariado, manietado pelas direções que se passaram com armas e bagagem para o lado do capital, resiste. Isto resulta numa tremenda pressão sobre todos os envolvidos. Em determinado momento esta pressão se transforma qualitativamente e a consciência do proletariado avançará aos saltos livrando-se dos dirigentes traidores e abrindo a via do novo partido proletário revolucionário.
A mesma pressão recai sobre a burguesia, entretanto, ela já tem consciência do que se passa. Ela não “desempata” a situação com violência porque tem medo de provocar uma reação proletária que não consiga controlar. É por isso que está dividida internacionalmente. Mas, é preciso constatar que seu medo e seu pânico aumentam. E sua impaciência ameaça assumir o controle.
Na Venezuela, os manifestantes “pacíficos” da oposição burguesa, já incendiaram quatro edifícios de Ministérios inclusive o Ministério da Habitação, atacado em 1 de abril. As manifestações “pacíficas” da oposição de direita já feriram centenas e mataram dezenas de pessoas.
O Senado dos EUA propõe sanções contra quem “desrespeita direitos humanos na Venezuela” e destina US$ 15 milhões para “defender os direitos humanos, apoiar as organizações democráticas da sociedade civil e ajudar a imprensa independente” na Venezuela.
E, John Kerry, o chefe da diplomacia norte-americana, declara que seu governo está “preparado, se for necessário, para invocar a Carta Democrática Interamericana da OEA (Organização dos Estados Americanos) e se envolver de várias formas, com sanções ou de outra maneira”.
Já no Brasil, avança o sistema totalitário onde o governo federal, os estaduais e o judiciário, substituem a política pela criminalização. Isto está chegando num patamar em que, ou o movimento operário reage à altura e faz a burguesia recuar ou será demolido passo a passo.
Milhares de sindicalistas, grevistas, dirigentes das ocupações de terra e de fábricas, militantes de movimentos populares, manifestantes, estão sendo encurralados por medidas penais como se fossem criminosos comuns. Um ataque brutal foi desfechado contra o Sindicato dos Servidores Públicos de SC (Sintespe). Ver https://www.marxismo.org.br/content/procuradoria-geral-do-estado-de-santa-catarina-e-o-judiciario-promovem-ataques-ditatoriais. São contas bloqueadas, multas milionárias, ameaça de prisão e destituição dos dirigentes, entre outros ataques.
Por isso, a Esquerda Marxista apoia com entusiasmo a campanha pela aprovação de um Projeto de Lei que revoga todas as condenações e acusações de que são vítimas os lutadores dos movimentos sociais. Esta bandeira, entretanto, só pode ser conquistada nas ruas, nas fábricas, nas escolas, ou seja, na luta de classes independente. É só nesse terreno que se conquista. E também se forja o aço que vai rasgar o manto de escuridão que o capital tenta estender sobre a Humanidade.
A incapacidade atual do capital, o nervosismo e brutalidades da burguesia, as forças da classe operária e sua resistência, o ânimo que percorre as veias da juventude, tudo isso nos mostra, hoje, que novos e grandes acontecimentos estão no horizonte. E se aproximam. Preparemo-nos para eles.