Greve dos bancários alcança todo o país, com práticas antissindicais por parte dos banqueiros e a necessidade de ampliar o movimento.
Até o final dessa edição, nada foi resolvido em relação à greve dos bancários. A última proposta da FENABAN, de reajuste de 7% mais abono de R$ 3,3 mil, foi rechaçada nas assembleias.
Depois disso, houve mais duas rodadas de negociação, porém a FENABAN insiste na mesma proposta! O Comando Nacional dos bancários está sendo enrolado. Por isso afirma que é preciso ampliar a greve, mas não diz como e continua esperando pela próxima reunião.
Enquanto isso, os bancos partem para o ataque. Práticas antissindicais estão sendo implementadas por todo o Brasil, como relata o presidente da Contraf/CUT, Roberto von der Osten: “… a nossa greve sofreu desrespeitosos ataques por todo o Brasil. Ameaças e pressões buscaram fazer com que os grevistas encerrassem seu protesto contra a ganância dos banqueiros. Não foram ações isoladas. Foi uma retaliação organizada pelos bancos pela recusa dos bancários e bancárias em aceitar resignadamente a redução dos seus salários”.
No Complexo BB do Bonfim em Campinas, por exemplo, vários bancários lotados no Escritório Digital ou na Gestão de Pessoas foram deslocados para outras unidades e, por duas vezes, o CSO Valores armou esquemas para furar o piquete, sem sucesso por enquanto.
Para não sermos derrotados, a única saída é convocar os bancários para as assembleias, explicar a situação e a responsabilidade do governo Temer e eleger comandos de greve para garantir a maior participação possível dos trabalhadores. Além disso, ainda há tempo de unificar com outras categorias, como petroleiros e metalúrgicos!