Argentina: abaixo a repressão e o governo Milei

A Corrente Socialista Militante (CMI-Argentina) repudia a repressão ocorrida em frente ao Congresso da Nação no momento em que se discutia o pacote antitrabalhador da “Lei Ómnibus”, que entrega os recursos naturais do país nas mãos das multinacionais e pulveriza os salários e a poupança, já golpeada das famílias dos trabalhadores.

Responsabilizamos o governo de Milei/Caputo/Bullrich pela repressão policial realizada ontem contra os trabalhadores enquanto exerciam seu direito legítimo de protesto em defesa de suas condições de vida.

Participaram da mobilização organizações políticas, sindicais, estudantis, de bairro e ativistas de esquerda, assim como dezenas de Assembleias Populares da Cidade de Buenos Aires e dos subúrbios.

Desde cedo o entorno do Congresso estava fortemente cercado, com a presença excessiva da polícia local e da Polícia Federal acompanhados de canhões de água e motocicletas. Cerca de 18:00 começaram a reprimir e a deter os manifestantes, lançando spray de pimenta em seus rostos e lhes batendo com os escudos, levando seis pessoas sob custódia. A operação repressiva foi mantida até a entrada da noite para evitar que mais pessoas se aproximassem da manifestação.

Como sempre acontece, o ajuste não se encerra sem repressão.

Denunciamos o papel dos líderes sindicais, que se escondem em seus cômodos gabinetes e não convocam, através dos métodos de nossa classe, um combate a essa ofensiva reacionária dos partidos patronais, depositando sua confiança na cozinha parlamentar e na justiça burguesa ao serviço dos capitalistas.

Apelamos aos setores combativos, às comissões internas e aos órgãos de delegados, pedimos a todos os trabalhadores para que se organizem em torno da convocação de sessões plenárias e assembleias autoconvocadas para definir um plano comum de luta para derrotar o plano antioperário.

Apoiamos o apelo na sede do sindicato Sutna, no dia 8 de fevereiro. Devemos transformá-lo numa instância de reunião e organização para estabelecer e definir uma luta nacional.

O debate continua hoje, quinta-feira (1º). A luta nas ruas também.

  • Abaixo o DNU, a “Lei Ómnibus”, ao protocolo repressivo e aos poderes delegados!
  • Abaixo o governo de ajuste!
  • Por um governo operário!