A direção da Petrobras já havia anunciado sua intenção de vender ativos da empresa. Agora, uma notícia no UOL dá conta de que esta venda se dará com a “ajuda” do Bradesco, Citi Bank e Santander.
A direção da Petrobras já havia anunciado sua intenção de vender ativos da empresa. Para poder fazer caixa e pagar dívidas contraídas no mercado internacional. Agora, uma notícia no UOL dá conta de que esta venda se dará com a “ajuda” do Bradesco, Citi Bank e Santander (link). A notícia especula inclusive quais ativos seriam vendidos: BR distribuidora, Transpetro e transportadora associada de Gás. As formas e meios (venda de ações, venda de navios, etc.) estariam sendo avaliadas pelos bancos “assessores” e pela direção da Petrobras.
A CUT realizou Atos em 13 de março em que escondeu a luta contra as MPs de cortes de direitos dos trabalhadores e apresentou como atos de defesa do governo “contra o golpismo”. Nestes Atos só a Esquerda Marxista acusou Dilma de traição e levantou “Abaixo as MPs!”.
Só não vê quem não quer que a maior ameaça à Petrobras é justamente o governo Dilma e a direção recém nomeada da Petrobras com seu plano de venda de ativos.
Pressionado pelas denúncias de corrupção, o governo, ao invés de recorrer aos trabalhadores, expulsar os corruptos e propor que os operários realizassem eleições para um Conselho Operário que controlasse os diretores e executivos, ao invés de apelar para sindicatos e para a CUT, prefere escolher um executivo vindo do mercado financeiro e com “experiência” de dirigir o Banco do Brasil. O resultado é o que vemos agora. E a direção da CUT nada fala a respeito.
Mais ainda, propõe como “calendário de mobilizações” um ato no dia 7 de abril contra as terceirizações e a comemoração do primeiro de maio. Nada sobre as MPs 664 e 665, que terão o seu tramite acelerado com a nomeação de presidentes e relatores.
A MP 664 (que derruba direitos previdenciários) será analisada por uma comissão que tem como presidente o senador José Pimentel (PT/CE). Para os que se lembram foi aquele deputado que relatou a reforma da previdência que derrubou os direitos dos servidores públicos. O relator será o líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PP/PE), um dos indiciados na operação Lava-Jato.
A MP 665 (que reduz o salario desemprego) terá como presidente da comissão o deputado Zé Geraldo do PT/PA e como relator o senador Paulo Rocha PT/PA. Significativamente, a CUT também nada fala de como vai pressionar os relatores e presidentes para exigir a derrubada das duas MPs e nem se vai aceitar que um dos indiciados por roubo na Petrobras seja exatamente o relator da MP que derruba direitos previdenciários! Como se vê, as coisas estão ligadas.
A Esquerda Marxista repete o que já disse antes: A CUT tem que deixar de fingir que mobiliza, de encenar e disfarçar que está contra para seguir simplesmente apoiando o governo. Nós, como membros da Corrente Sindical Esquerda Marxista, propomos aos sindicatos que se engajem diretamente na luta contra a privatização da Petrobras e contra a aprovação das duas MPs. A direção da CUT está assumindo a inteira responsabilidade pelos ataques que o governo está promovendo contra a classe trabalhadora. E cada direção sindical também. Só a luta e a mobilização desde a base pode virar esse jogo.
Abaixo as MPs 664 e 665!
Unidade para derrotar a política de austeridade!