No último dia 19, vários dirigentes de diferentes centrais sindicais reuniram-se para definir os preparativos de 30 de Agôsto, Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. Até então, a questão vinha sendo arrastada em “banho maria” na base.
No último dia 19, vários dirigentes de diferentes centrais sindicais reuniram-se para definir os preparativos de 30 de Agôsto, Dia Nacional de Mobilização e Paralisação. Até então, a questão vinha sendo arrastada em “banho maria” na base.
A iniciativa da CUT, que afirmou que vai ampliar a convocação de norte a sul do país, é bem-vinda. A central garantiu que vai priorizar as lutas em defesa do fim do fator previdenciário, da redução da jornada de trabalho para 40 semanais e contra o Projeto de Lei 4.330, da terceirização.
A Esquerda Marxista, seus sindicalistas e militantes, somam-se à organização deste dia de greve. Em Florianópolis, o Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal (Sintrasem) decidiu convocar a greve para 30 de agosto e nesse dia os trabalhadores levantarão pautas específicas da categoria, como o PCCS do Civil construído pelos trabalhadores e a aplicação do Piso Nacional do Magistério. Em Bauru, a Corrente Sindical Esquerda Marxista – CUT, por meio de uma carta dirigida à CUT Regional, assinada pelo companheiro Roque Ferreira, dirigente ferroviário, convidou a Central para realizar uma plenária regional de preparação da greve. A regional de Joinville do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte) marcou uma paralisação para a tarde do dia 30.
No último dia 21, foi realizada uma plenária na subsede da CUT- Bauru com a presença da CUT, CSP-Conlutas, Força Sindical, CGTB, FERAESP, sindicato dos Ferroviários, Metalúrgicos, Bancários, Apeoesp, Construção Cívil, Sindicato dos Sistema Penitenciário, Químicos, Sinergia, Rurais, Papel e Papelão de Jau, MST, PSTU, PT. Foi aprovada a construção de um ato unificado no dia 30, às 10 horas, em Bauru. Serão ligadas as reivindicações nacionais com a principal demanda da região: a crise no sistema de saúde gerido pelo governo do estado, que não garante vagas para internação, o que levou à morte 581 pessoas na fila do Pronto Socorro de Bauru. Bancários e Ferroviários também estão construindo paralisações em suas respectivas categorias.
Estes exemplos de iniciativa devem ser seguidos por todos os sindicalistas: em todas as regiões devem ser organizadas plenárias e levantadas as reivindicações específicas, organizando comandos unificados e realizando assembleias em todos os locais de trabalho.
Os trabalhadores querem estabilidade no emprego, que Dilma rompa com as negociatas com os patrões e seus partidos e que garanta educação, saúde e transportes públicos, gratuitos para todos. Os trabalhadores exigem o fim do pagamento das dívidas interna e externa, que se implante o reajuste automático dos salários sempre que a inflação acumule 3% (gatilho), que seja garantida a permanência da multa do FGTS quando da demissão de qualquer trabalhador e que sejam revogadas todas as reformas da Previdência, bem como a redução da jornada sem redução dos salários.
Que em todas as assembleias de base e sindicatos seja discutido um plano de mobilização para que, no caso das reivindicações não serem atendidas, seja realizada uma greve nacional, que pare o país, por pelo menos três dias. Só assim a voz dos trabalhadores será ouvida!