Na terra das araucárias, o governo Ratinho Júnior, forte aliado de Bolsonaro, repassou para a iniciativa privada – Unicesumar – a tarefa de conduzir as disciplinas técnicas ofertadas aos estudantes do Ensino Médio. Para terceirizar o serviço o governo do estado drenou R$ 38,4 milhões dos cofres públicos, diretamente para o bolso dos tubarões do ensino. Mas as consequências deste absurdo não param por aí! Os professores que antes ministravam essas disciplinas foram dispensados ou remanejados e substituídos por aulas à distância, ampliando o desemprego entre os professores. Um monitor, que terminou recentemente o Ensino Médio, entra na sala, liga a televisão, conecta a aula gravada, que é transmitida para os estudantes de todo o estado, e solicita que os estudantes do curso assistam. Quando a televisão ou a transmissão não funcionam, os estudantes simplesmente ficam sem aula.
O que ocorre no Paraná é uma das consequências da Reforma do Ensino Médio aprovada em 2017, pelo governo de Michel Temer, sob protestos de estudantes secundaristas, que na ocasião ocuparam escolas por todo o Brasil contra a mudança. Agora, novamente, uma onda de protestos dos estudantes secundaristas do estado do Paraná começa a se formar contra as consequências trágicas da implementação da famigerada Reforma do Ensino Médio. Os estudantes são contra a terceirização, exigem a contratação de professores e não aceitam o formato de educação à distância! Dizem os estudantes: “Fora Unicesumar!”; “Professor, sim! EAD, não!”; “Queremos professores!”.
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Os resultados dessas iniciativas começam a aparecer. Os estudantes do Centro Estadual de Educação Profissional (CEEP) de Cascavel, após intensa mobilização, fizeram o governo do estado do Paraná recuar e expulsaram a Unicesumar da escola, mantendo as aulas presenciais com professores contratados diretamente pela rede estadual de ensino. Este é um exemplo prático de que é possível vencer e derrotar a política dos governos reacionários de Ratinho Júnior e Jair Bolsonaro. Outros estudantes de outras escolas secundaristas estão no mesmo caminho, protestando contra as consequências da Reforma do Ensino Médio em suas unidades de ensino, o que é extremamente positivo, mas é preciso ir além. Estes protestos e mobilizações que estão ocorrendo de forma isolada devem ser unificados. Assembleias, atos de ruas, entre outros, que envolvam estudantes, professores e familiares, devem ser realizados. Um movimento de caráter estadual e também nacional deve se desenvolver, não apenas para derrotar as consequências da Reforma do Ensino Médio, mas para revogar completamente esta famigerada Reforma.
- Fora Unicesumar!
- Professor, sim! EaD, não!
- Contra a terceirização e o desemprego!
- Pela revogação da Reforma do Ensino Médio!
- Fora Ratinho Júnior! Fora Bolsonaro!