Editorial Jornal Luta de Classes 7: O fantasma da Revolução ronda o mundo: greves massivas na França e Itália e manifestação de milhões no Paquistão. Na Venezuela, a contra-revolução não abafa o povo nas ruas.
Nas últimas semanas veio à tona uma nova onda de ataque à Revolução Venezuelana. Os grandes meios de comunicação tratam de encobrir a luta de classes, que agora se manifesta inclusive dentro da Universidade Central de Caracas. A pequena-burguesia estudantil, impulsionada pela carcomida burguesia, tenta criar fatos na tentativa de impedir a aprovação da Reforma Constitucional que reduz a jornada, acaba com o latifúndio e estatiza fábricas ocupadas. Na verdade, trata-se de mais uma desesperada tentativa da viva burguesia – fiel ao imperialismo americano – de interromper a Revolução.
O fantasma da Revolução ronda o mundo: greves massivas na França e Itália e mobilizações de milhões no Paquistão. A crise causada pela bolha imobiliária nos EUA foi empurrada para frente, mas não está resolvida. Os bilhões de dólares de dinheiro público, que poderiam salvar milhões da fome e da miséria, foram torrados em 2 semanas para manter o sistema que exclui e mata milhões todos os dias.
Logo após o III Congresso do PT, o partido encontra-se num impasse: da festejada unidade e defesa do socialismo, e a resolução de apoio ao Plebiscito da Vale, veio a resposta: Lula declarou que a reestatização da Vale “não está na mesa”; o deputado Vacarezza (PT-SP) apresenta um projeto com 30 dias de discussão que retira mais de 200 artigos da CLT, sob a justificativa de “modernizá-la”. Trata-se do início da contra-reforma trabalhista tão solicitada pelos patrões e pela Fiesp a ser votada pelo desmoralizado Congresso Nacional.
E não ficou por aí: privatização de ferrovias e rodovias, e concessão da floresta Jamari, que abre a brecha para a privatização de florestas na Amazônia. A gigantesca reserva de petróleo e gás na bacia de Santos só não entrou na 9ª rodada de leilões para ser entregue às multinacionais petrolíferas porque no último minuto o governo a retirou, mas a rodada foi mantida, continuando a entrega das reservas minerais aos tubarões do senhor mercado.
O impasse é causado justamente pelo Governo de Coalizão, numa clara tentativa de mascarar a luta de classes, como se fosse possível harmonia entre capital e trabalho. E essa linha política foi aprovada pelo Congresso do PT com o apoio de todas as grandes tendências.
Para a Esquerda Marxista, que nas eleições do PT (PED) apresenta a chapa Programa Operário e Socialista, a primeira questão a ser resolvida pela próxima direção é a ruptura com os partidos da burguesia, inimigos do povo.
Esse é o primeiro passo para que o nosso partido volte a lutar contra o capitalismo. Por isso impulsionamos a Conferência de 15 de Dezembro na Flaskô, fábrica ocupada e sob controle dos trabalhadores que luta há quase 5 anos para manter os empregos. Por isso estaremos no ato convocado pela campanha Tirem as Mãos da Venezuela no dia 8 de Dezembro, em solidariedade à Revolução e estaremos na marcha da CUT em 5 de Dezembro. O caminho da luta de classes deve ser o rumo do PT.
Convidamos todos nossos leitores e apoiadores a estarem junto conosco nestas lutas e a participar dos debates às eleições do PT e, no dia 2 de Dezembro, apoiando e votando por um Programa Operário e Socialista 290 e Miranda Presidente 190.