Na Europa e em todo o mundo as grandes equipes são hoje usadas para a manipulação e lavagem de dinheiro, especulação, estando a serviço das empresas patrocinadoras e dos impérios televisivos. A Copa do Mundo se destina a isso em primeiro lugar.
Na Europa e em todo o mundo as grandes equipes são hoje usadas para a manipulação e lavagem de dinheiro, especulação, estando a serviço das empresas patrocinadoras e dos impérios televisivos. A Copa do Mundo se destina a isso em primeiro lugar.
Nas categorias de base os jovens jogadores são meros objetos utilizados por investidores e especuladores que “cuidam dos atletas” para depois vendê-los e faturar fabulosas quantias. Os atletas são meras ações no mercado financeiro do esporte.
A arte, a beleza, seja do futebol ou de qualquer esporte, tende a desaparecer sob o toque esmagador do capital.
O lucro na produção capitalista é apropriado por uma ínfima minoria, embora a produção seja coletiva. O futebol também é coletivo, mas enquanto a humanidade permanecer sob as regras e a força da exploração capitalista, ele tenderá sempre, como tudo, a perecer! Alguns poucos lucram enquanto a arte e sua essência são aniquiladas em benefício dos que acumulam mais e mais dólares!
Os jogadores de futebol são adestrados para aceitar essa lógica perversa e destruidora! Um ou outro chega ao topo e enriquece. A ampla maioria desparece.
Um dia, quando nascer uma nova sociedade baseada na fraternidade e na igualdade, nascerão centenas de Reinaldos e Sócrates que de punho erguido, quando comemoravam seus maravilhosos gols, homenageavam o socialismo. Quando a classe operária e todos os explorados do mundo erguerem seus punhos, começará a época das grandes mudanças, a produção e a apropriação de toda riqueza gerada será coletiva, o futebol voltará a ser coletivo e as artes florescerão!
Leiam abaixo o artigo de Fabiano Tavares:
O capitalismo destrói o futebol arte
Fábio Tavares de Melo Viana
O futebol capitalista é um futebol individualista, deixa de ser coletivo e dá lugar ao espírito mesquinho do ”ser melhor”
Jogadores de hoje dão mais importância ao dinheiro e à fama
Foto: Rafael Ribeiro/CBF
Sobre a nossa seleção de futebol Já há algum tempo vemos que o futebol apresentado pela nossa seleção não é aquele que esperamos: mágico, belo, que nos prende e nos deixa na certeza de títulos. Os títulos não vêm, a seleção demonstra incompetência, e o prazer de jogar com a “amarelinha” não se faz notar naqueles que atuam com ela. Talvez o futebol, como quase tudo que hoje existe, tenha se tornado capitalista.
Não gostaria de enxergar desta forma, e espero até que me mostrem que estou enganado. Acredito que o problema da nossa seleção está em individualizar o que é, naturalmente, coletivo. O futebol é um esporte de equipe, não uma vitrine televisiva onde o que fizer mais bonito, ou o que se destacar diante dos outros vai conseguir um contrato melhor, vai tornar-se milionário mais depressa.
A carência de craques no futebol nacional atuando em nosso campeonato nacional nos permite enxergar que a Europa, terra do futebol brigador – diferente do nosso continente, onde a arte predomina – é o melhor caminho a buscar e alcançar, já que paga muito mais e é mais “badalado”.
O futebol capitalista é um futebol individualista, deixa de ser coletivo e dá lugar ao espírito mesquinho do “ser melhor”. Não se faz mais arte se não for por um contrato milionário. É uma pena, pois a arte do futebol, o amor à camisa, o sofrimento do gol chorado, a esperança da vitória, são o que levam os torcedores ao campo.
O futebol existe para os expectadores, e não para os empresários e presidentes de federação. A seleção existe para a torcida. E sem o grito, sem os aplausos, sem o décimo segundo jogador, o futebol perde sua alma. O problema da nossa seleção são os contratos milionários, os patrocinadores e os cartolas que procuram cada vez mais acumular riquezas.
O problema da nossa seleção está em os jogadores ficarem de olho na Europa, de olho na fama, no dinheiro, e esquecer o amor à “camisa canarinha”. O orgulho nacional está na seleção de futebol. Que o saibam os nossos craques que muito da alegria do nosso País está em seus pés. Ou seria em seus corações?