O Caso de Trayvon Martin: Lutar contra o racismo e contra o capitalismo!

O caso da morte de Trayvon Martin reabriu a ferida do racismo nos EUA. Aqui publicamos um panfleto sobre o assunto escrito pelos marxistas da Liga Internacional dos Trabalhadores (Workers International League)
 
O racismo está profundamente institucionalizado no sistema de “justiça” dos EUA. Naturalmente, este sistema pode fazer justiça, se você tiver dinheiro para pagar. A absolvição de George Zimmerman do assassinato de Trayvon Martin é o mais recente dos muitos exemplos de como esse sistema funciona e principalmente, a quem ele serve.  Os Estados Unidos são uma democracia burguesa. Isto é, a democracia e a justiça só existem para a burguesia – ou seja, para os ricos. Mas para os trabalhadores e pobres, a justiça é um mundo vazio. E se você for negro ou latino, o descaso desta “justiça” é ainda maior. Os americanos sabem que a cor da pele é um fator importante para determinar o quão justo será o julgamento e também o rigor com que ele será feito.
 
O caso do assassinato de Trayvon Martin trouxe o tema do racismo novamente a tona. Muitos acreditaram, ingenuamente, que eleger um negro para a presidência da república faria com que o racismo desaparecesse como que num passe de mágica. Como todos viram, uma solução séria para um problema sério como esse nunca é tão simples. O racismo é utilizado pela burguesia para dividir e conquistar a classe trabalhadora, de maneira a nos distrair dos grandes problemas que afetam a todos os trabalhadores. Ao invés de lutar contra os cortes, a austeridade, somos ensinados a temer e lutar uns contra os outros. Unidade da classe trabalhadora para lutar contra o veneno do racismo e as suas causas. Malcom X colocou a questão de forma brilhante: “Não há capitalismo sem racismo”. Nós acrescentaríamos: não há racismo sem capitalismo. Junte-se a nós na luta pelo socialismo – uma sociedade sem racismo, desigualdade e barbárie. 
 
Traduzido por Arthur Penna