Entre os dias 12 e 15 de novembro em Brasília cerca de 7 mil estudantes se reuniram em Brasília na 41ª edição do Congresso da União Brasileira dos Estudantes (Conubes). Em meio ao Ajuste Fiscal que o governo vem aplicando que atinge em cheio a educação, os estudantes presentes no congresso poderiam ter um espaço privilegiado para avançar no combate contra os ataques e por educação pública, gratuita e para todos. O congresso ficou muito aquém do seu potencial.
Entre os dias 12 e 15 de novembro em Brasília cerca de 7 mil estudantes se reuniram em Brasília na 41ª edição do Congresso da União Brasileira dos Estudantes (Conubes). Em meio ao Ajuste Fiscal que o governo vem aplicando que atinge em cheio a educação, os estudantes presentes no congresso poderiam ter um espaço privilegiado para avançar no combate contra os ataques e por educação pública, gratuita e para todos. O congresso ficou muito aquém do seu potencial.
Os grupos de discussão que poderiam se importantes espaços para a discussão e encaminhamentos das lutas dos estudantes, em sua maioria eram esvaziados, mesmo os mais movimentados contavam com um pouco mais de uma centena de estudantes apenas, em um universo de quase 3 mil delegados. Os debates não eram a prioridade. A prioridade ficou para o lamentável ato “em defesa da democracia” uma fachada para defender o governo e suas medidas de ataque à educação e aos direitos da juventude e da classe trabalhadora.
Com uma nítida maioria dos delegados, a União da Juventude Socialista (UJS) e Kizomba impuseram a sua “política” de guerra de torcidas, deixando o debate político em segundo plano. As forças majoritárias da UNE com suporte de forças menores como O Trabalho (OT) e Articulação de Esquerda (AE) que fizeram defesas em separado, mas estiveram juntas na defesa incondicional do governo Dilma e seus ataques e tentam confundir os estudantes separando o Ministro da Fazenda Joaquim Levy como se os cortes fossem “coisas da sua cabeça”. O fato é que em meio ao Congresso destacaram-se dois campos, o primeiro que hoje é majoritário e segue uma política governista e um segundo campo que começa a se consolidar na UBES de oposição de esquerda a atual direção e suas políticas conciliadoras. A Juventude Marxista compõe esse segundo campo e está disposta a construir essa alternativa de luta.
Mas mesmo em meio a tentativa de desmobilização e inibição do debate por parte da majoritária, a Oposição de Esquerda da UBES seguiu no esforço de avançar o debate, apresentando a defesa da educação pública, gratuita e para todos, a luta contra o Ajuste Fiscal do governo federal e a solidariedade as ações de ocupação dos estudantes de São Paulo. A Juventude Marxista compôs a Oposição de Esquerda e fez parte desse importante passo para a consolidação desse campo à esquerda da direção atual.
A batalha que temos pela frente é dura, os estudantes de São Paulo ocupam um importante papel de resistência contra os ataques de Alckmin é preciso ampliar essa luta, os estudantes do Brasil organizados sob uma base de luta vencerão o ajuste fiscal e os constantes ataques a educação. Para isso é fundamental e necessário que entidades como a UBES esteja disposta a lutar ombro a ombro com os estudantes, para isso é preciso abandonar o governismo da atual direção, a UBES é dos estudantes e não deve servir a nenhum governo, principalmente aqueles que atacam a educação.
A Juventude Marxista convida todos que desejam uma UBES de luta para construí-la pela base, nos grêmios estudantis, nas escolas. Seguiremos na batalha para recolocar a UBES no caminho da luta e ao lado dos estudantes combatendo por educação pública, gratuita e para todos.