Rita Lee fazia um show no Festival de Verão de Aracaju e diante da ostensiva ação da PM que revistava os fãs presentes no evento, se indignou e saltou dos tamancos. Desatou o verbo contra a repressão. Fez um inflamado discurso contra a ação policial e acabou sendo presa ao final. Foi acusada de desacato e apologia ao crime e depois liberada.
No momento que Rita chamava os policiais de “cachorros”, Marcelo Deda, governador do estado, se retirou do espetáculo. Certamente em solidariedade aos seus comandados.
Apesar da cantora escorregar na rampa ao chamar as pessoas para fumarem um “baseadinho”, não podemos deixar de condenar sua prisão e apoiar seu discurso contra a repressão. A ação policial expressa exatamente como o poder vê a arte e como trata a questão das drogas. O artista sob o capitalismo jamais poderá se expressar livremente. A juventude e a humanidade não poderão florescer sob a opressão do capital e de seu aparato repressivo.
A presença ostensiva e as ações brutais da policia em shows e em qualquer questão da vida cotidiana, revela sempre a face e o papel repressor do Estado, que mesmo sendo um estado governado por um petista, segue sendo um estado capitalista e que sua policia é sempre seu braço armado que, e em geral, se lança contra a juventude, prendendo, batendo e matando!
Polícia, pra que polícia?
Capitalismo, pra que capitalismo!
Valeu Rita!
Tenho uma visão diferente: não é só por que estamos revoltados com a violência que muitos policiais usam, ou com esse ou aquele governador, que vamos dar razão pra ela. Depois de vê-la sendo a maior grossa com a polícia e incentivando a platéia a fumar maconha e a xingar, usando palavrões, o que se podia esperar? Isso não tem nada a ver com liberdade de expressão: ela abusou mesmo! Nem por que o show era dela, tinha o direito de agir dessa maneira. Deu um péssimo exemplo!
Eu também sou daquela época, sou roqueira e nunca precisei de droga ou me achei melhor que ninguém.
Liberdade é equilíbrio e não fazer tudo o que dá na telha.
Ana, grato por comentar. Não defendemos o uso de drogas e nem da maconha. Afirmamos que Rita escorregou ao chamar o povo para fumar baseado.
Em uma determinado momento da luta de classes, defendemos que o povo organize sua auto-defesa. Mas hoje, não defendemos a PM. Rita respondeu com grosseria, foi provocada pela truculência policial. Liberdade de expressão é o silencio diante da repressão, é a luva de pelica? a arte só será livre se liberta do jugo do capital.
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