Seria cômico se não fosse trágico. Milhões nas ruas, a direita fascista botando suas garras de fora e Dilma dizendo que é preciso garantir a Lei e a Ordem. Exatamente tudo que a direita sempre quis e sempre quer. O problema é que as respostas de Dilma aos anseios populares não resolvem nada!
Dinheiro pra Copa? Ora, foi só um “empréstimo” que empresários e governos vão pagar! Saúde? Vamos importar médicos. Educação? Vamos lutar pra que o dinheiro do Petróleo seja 100% para educação! Repressão? Vou receber todos os manifestantes. Transportes? Vou fazer uma reunião com os governadores e prefeitos das maiores cidades pra ver o que fazer.
Além de mais “lei e ordem”, sejam pacíficos e vamos garantir a Copa ela ofereceu um prato indigesto disfarçado de filé: chamou a todos para apoiá-la na aprovação dos royalties do petróleo sejam destinados às educação. E quem engolir o filé engolirá junto a privatização da exploração do petróleo. Oferece para a educação dinheiro dos royalties, em troca entregamos nosso petróleo ao capital estrangeiro.
E ela diz ouvir as ruas… Ouvir as ruas, Senhora Presidenta deveria significar:
– Estatizar imediatamente todo o transporte urbano, rumo à tarifa zero!
– Fim da repressão! Tire a P2 das ruas que são eles, os PM infiltrados que estão organizando os fascistas!
– Não privatizar a exploração do Petróleo, não à privatização da Petrobrás!
– Devolução já do dinheiro da copa, fim dos privilégios para FIFA, construir mais hospitais e faculdades públicas, pagar melhor para professores, médicos e profissionais de saúde!
E o dinheiro? Fim imediato do pagamento das dívidas externas e interna! Isto sim, Senhora Presidenta, significaria dialogar com as ruas e chamaria todos os trabalhadores, estudantes e a maioria oprimida para seu lado.