A Esquerda Marxista presta sua integral solidariedade à vereadora recém eleita em Joinville-SC, Ana Lúcia Martins, do Partido dos Trabalhadores. Ana Lúcia é a primeira vereadora negra da cidade.
Ana relata que, desde antes da eleição, sofre ameaças de toda a natureza, o que se intensificou com a vitória nas urnas. São manifestações de cunho machista, racista e contrários à esquerda, partindo, inclusive, de integrantes da imprensa joinvilense.
Hoje, veio a público uma ameaça de morte de um usuário de uma rede social que se identifica como membro de uma juventude que chama de “hitlerista”, dizendo que é preciso matar Ana Lúcia para que seu suplente, um homem branco, assuma seu mandato.
A luta contra o racismo é uma luta histórica da classe trabalhadora, é um dever absoluto de todos os marxistas combater esse horror. Não podemos nos silenciar.
Ainda esse ano, a juíza Inês Marchalek Zarpelon, condenou Natan Vieira da Paz, réu primário, a uma pena de 14 anos e 2 meses de prisão por pequenos furtos porque, segundo ela, Natan é “Seguramente integrante do grupo criminoso, em razão da sua raça”. Por isso, estamos nas ruas com a palavra de ordem “Ser negro não é crime!”, combatendo pela anulação da condenação de Natan e pela destituição do serviço público, punição e prisão da juíza racista.
Não nos esqueçamos que Marielle Franco, vereadora do PSOL eleita no Rio de Janeiro, também foi vítima de um assassinato político há dois anos. A deputada federal, também pelo PSOL do Rio, Talíria Petrone teve que sair do estado do Rio de Janeiro por descobrir planos de assassinato político.
Devemos recordar também da Campanha em Defesa da Vida da Prof.ª Mara, impulsionada pela Esquerda Marxista e Liberdade e Luta, e que ganhou o apoio de organizações e entidades que representam jovens e trabalhadores. Mara, professora de história da ETEC de Franco da Rocha-SP, tomou conhecimento que um grupo de estudantes da escola onde leciona, com orientação neonazista, que planejava desde 2018, atentar contra sua vida.
Esses são alguns, entre os muitos exemplos, que se somam aos assassinatos de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), às perseguições e mortes no movimento sindical.
Tais perseguições são encorajadas por posturas como a de Bolsonaro, expressão da podridão do sistema capitalista. Contra isso, devemos nos inspirar no combate de massas e de ruas desenvolvido pelos jovens e trabalhadores norte-americanos contra o preconceito racial e todas as formas de opressão e na história da classe operária brasileira que, em 1934, enfrentou a Ação Integralista Brasileira no episódio que ficou conhecido como “A Revoada dos Galinhas Verdes”, em São Paulo, varrendo o fascismo do Brasil.
Exigimos punição aos envolvidos nessa atrocidade e garantia de segurança à vereadora eleita. O MNS, a Liberdade e Luta e a Esquerda Marxista se solidarizam com a companheira Ana Lúcia e vamos combater nas ruas, com a organização dos trabalhadores e jovens, qualquer ameaça.
- Não nos calarão! Toda solidariedade a Ana Lúcia Martins!
- Ser negro não é crime!
- Abaixo o Racismo!
- Abaixo o Machismo!
- Fora Bolsonaro e todos os seus lacaios!
19/11 – Live do MNS às 19:30.
20/11 – Planfletagem na Tupy da campanha: “Ser Negro não é Crime – Pela Anulação da sentença racista do Paraná e sua punição”, às 13:30 e 22:30
20/11 – Participação no ato em defesa da vida da prof. Ana Lúcia Martins, às 18:30, na Praça da Bandeira.
Movimento Negro Socialista
Esquerda Marxista (Joinville)
Liberdade e Luta