Toda unidade pela Palestina!

Na última quinta-feira, 5 de junho, nos reunimos pela Frente Palestina São Paulo em uma reunião com diversas organizações e partidos políticos para preparar o ato do dia 15 de junho, que exigirá a ruptura imediata de todas as relações com o Estado sionista de Israel.

Uma marcha que terá início no dia 12, no Cairo, Egito, e seguirá até Rafah no dia 15 será acompanhada por manifestações em todo o mundo, inclusive em várias cidades do Brasil. Nós, da OCI – seção brasileira da ICR –, estaremos presentes nessa marcha, no Brasil e em outras seções internacionais, para apoiar a luta dos povos que se levantam contra esse genocídio e contra a inação de seus governos, todos cúmplices do massacre em curso na Palestina.

O tom geral da reunião foi claro: não podemos esperar ações dos governos. Muitos deles, apesar de declararem oposição ao genocídio, não movem um dedo para interromper o assassinato diário de crianças na Faixa de Gaza – um genocídio que já perdura há mais de 600 dias.

O povo palestino está sendo massacrado diariamente por bombas, sede e fome, enquanto empresas envolvidas com a guerra lucram com essas mortes. Durante a reunião da Frente, foi enfatizado que os discursos do presidente brasileiro não se traduzem em ações. Ainda que setores governistas, como correntes do PT e a Resistência do PSOL, afirmem que tais falas demonstram preocupação, não vemos nenhuma medida concreta para deter o genocídio. O que resta são discursos vazios, inclusive comparações com o Holocausto, sem ações efetivas — o que, na prática, representa conivência com os crimes cometidos por Israel contra os palestinos.

O atual massacre, iniciado em 7 de outubro de 2023, é alimentado, entre outras formas, pelo petróleo brasileiro vendido pela Petrobras. Embora o governo a classifique como estatal, a empresa opera como qualquer outra corporação capitalista, lucrando com a morte ao continuar fornecendo combustível às forças armadas israelenses para seus tanques, navios e aviões.

Outra denúncia, feita em editorial da Al Jazeera, aponta que a China foi o país que mais vendeu produtos para Israel — mais um exemplo de governo demagógico que se autodenomina socialista, mas que, na prática, mantém sua cumplicidade com o Estado de Israel, apesar dos discursos em defesa da Palestina. Essa crítica foi lembrada por Fábio Bosco, da CSP-Conlutas, durante a reunião da Frente.

Também decidimos dar ampla visibilidade e apoio à tentativa dos ativistas a bordo do navio Flotilla pela Liberdade, que levava alimentos, fórmulas infantis e medicamentos às crianças da Faixa de Gaza. A embarcação foi interceptada pela marinha israelense, em violação às leis internacionais. Os ativistas sabiam das poucas chances de sucesso, mas acreditavam que sua ação poderia pressionar os governos a intervir — seja para romper o bloqueio humanitário, seja em defesa de seus próprios cidadãos. Até agora, no entanto, nenhum governo agiu — mais uma demonstração da cumplicidade global com o Estado racista de Israel.

Convocamos a todos para nos juntarmos nessa manifestação em solidariedade ao povo palestino e pelo fim do genocídio promovido pelo Estado de Israel.

  • Basta de genocídio na Faixa de Gaza!
  • Lula, rompa as relações do Brasil com Israel!
  • Por um único Estado laico e democrático em toda a Palestina!
  • Abaixo o capitalismo, o imperialismo e o sionismo!
  • Viva a resistência palestina! Pela Federação Socialista do Oriente Médio!
  • Trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!