Os trabalhadores de cultura do Distrito Federal estão realizando nesse momento uma caminhada. Saíram às 14 horas da Praça Zumbi dos Palmares e se dirigirão até o Ministério da Cultura (MinC). O evento marca a primeira ação do grupo criado neste ano e se realiza após a ocupação da Funarte realizada recentemente em São Paulo. (ver neste Blog artigos publicados entre 25 de julho e 2 de agosto).
Um dos motivos pelos quais os artistas marcham em Brasília é a diminuição do orçamento de R$ 2,2 bilhões para R$ 800 milhões destinada ao MinC desde o começo do governo Dilma Rousseff, assim com os cortes de verbas do Fundo Nacional de Cultura (FNC), que diminuiu 23% em relação à administração passada. Outras reivindicações se alinham às exigidas pelo Movimento Cultura Já, de São Paulo. Os integrantes do grupo paulistano ocuparam a sede da Funarte entre 25 de julho e 1º de agosto deste ano para exigir mudanças estruturais na política cultural nacional.
Entre as reivindicações dos dois movimentos está também a exigência do fim da lógica mercantilista no campo de incentivos a projetos de arte no Brasil, como é feita atualmente por meio da Lei Rouanet. Segundo os trabalhadores da arte e da cultura: “Na prática, a lei ajuda produções internacionais ou os atores globais e deixa artistas populares com uma parcela bem pequena do dinheiro destinado à cultura”.
Estas manifestações e Marchas apontam a necessidade da sua centralização e unificação em nível nacional, para superar os entraves da divisão da categoria em vários sindicatos, alguns inclusive dirigidos por empresários.
A perspectiva que se coloca é a da realização de uma Conferencia Nacional Independente, para unificar as pautas e juntos, desde as bases, exigirem suas reivindicações.
Os militantes da Esquerda Marxista, saúdam os companheiros lutadores de Brasília e se colocam à disposição para construir a necessária unidade nacional.