Na última segunda (22), o vereador de Joinville Wilian Tonezi (Patriotas), divulgou um vídeo de um pronunciamento em uma sessão da Câmara de Vereadores, em que ataca a política da Esquerda Marxista e da organização de juventude Liberdade e Luta expressa em um panfleto.
No material, distribuído na cidade há várias semanas, defendemos “Aulas presenciais só com vacina para todos”, “Lockdown e garantias de condições de vidas para os trabalhadores”, “Vacinas para todos já” e “Abaixo o governo Bolsonaro”.
O parlamentar afirma que o panfleto foi encontrado em uma escola municipal e pergunta em suas redes sociais: “Escola é lugar para distribuir este tipo de material?”.
A resposta para esta pergunta é: sim! Ao contrário da ideologia agora manifestada por Tonezi – mas que já foi amplamente debatida e derrotada em Joinville – de “lei da mordaça”, a escola é justamente o espaço de difusão do conhecimento, onde trabalhadores da educação e estudantes devem ter total liberdade de discussão sobre o sistema em que vivem e suas mazelas.
E se este material chegou em uma escola do município, é justamente porque os trabalhadores e estudantes são livres para levar e discutir o que quiserem.
Wilian ainda desfere outros absurdos. Diz que ao defender lockdown somos os que dizem aos donos de pequenos negócios “morram de fome”. Mas, como o próprio vereador disse, escrevemos no panfleto: “Lockdown e garantia de condições de vidas para os trabalhadores”. Como é possível tamanha falta de capacidade de compreensão de texto?
Além disso, referindo-se a nós, o parlamentar afirma: “o que a gente tem assistido no mundo é que os grandes conglomerados são estes justamente que financiam gente como essa aqui para pedir o lockdown”. Ora, esta é uma contradição total. Os grandes conglomerados são agrupamentos de grandes empresas, que controlam fatias importantes da economia. Se é verdade que eles são a favor de lockdown, por que, ao invés de financiar os comunistas, eles simplesmente não o praticam? Não há no mundo notícia de que algum grande conglomerado tenha aplicado o lockdown.
Aliás, nunca é demais reiterar que a Esquerda Marxista e a Liberdade e Luta defendem uma organização independente política e financeiramente. Portanto, sustentam-se somente com a contribuição voluntária de seus militantes e apoiadores, que acreditam firmemente na necessidade de abolição da propriedade privada dos grandes meios de produção (onde incluem-se os “grandes conglomerados”).
É por isso também, que historicamente somos contrários a sindicatos e partidos da classe trabalhadora receberem dinheiro do Estado burguês por meio de imposto sindical, fundo partidário, fundão eleitoral etc.
O vereador coroa seu pronunciamento com a célebre afirmação de que “o comunismo é uma ideologia da morte, que nos últimos 100 anos já matou centenas de milhões“. Bom, talvez o que tenha faltado a este senhor tenha sido justamente o acesso a uma boa educação e a conhecimentos básicos de história, assim como a capacidade de percepção do sistema capitalista ao qual ele defende.
Sistema este que produz 12 mil mortes por fome todos os dias; 15 milhões de desempregados no Brasil; e que, diante da pandemia de Covid-19, já produziu 2,7 milhões de mortes, sendo 300 mil no Brasil.
Contra distorções, mentiras e manipulações como as ditas por este senhor – no mais puro estilo Bolsonaro – é preciso erguer nossa voz ainda mais alto e fortalecer nossa capacidade de organização.
A Esquerda Marxista e a Liberdade e Luta continuarão defendendo lockdown; vacinas para todos já; saúde pública; condições de vida digna para a classe trabalhadora; educação pública, gratuita e para todos; aulas presenciais só com vacina; a derrubada do governo Bolsonaro e a construção de um governo dos trabalhadores.
Se você concorda, junte-se a nós nesta luta, para juntos varrermos senhores como este para a lata do lixo da história e construirmos uma sociedade socialista.