“Em 1989 (no Caracazo) nas ruas de Caracas começou a revolução mundial que hoje está nas ruas da Grécia, Espanha, Portugal e no resto do mundo”.
“Em 1989 (no Caracazo) nas ruas de Caracas começou a revolução mundial que hoje está nas ruas da Grécia, Espanha, Portugal e no resto do mundo”. Hugo Chávez
No dia 4 de outubro Caracas foi tomada pela revolução para encerrar a campanha de Hugo Chávez. O povo trabalhador novamente deu o exemplo da compreensão de seu papel histórico com um fechamento de campanha que certamente deixou claro de que lado estará no domingo, 7 de outubro.
Ao longo deste ano foi desenvolvida uma forte campanha pela oposição desde quando lançou seus candidatos para as eleições primárias, em meio a escândalos e manipulação do aparato, queimando registros de verificação dos resultados, com denuncias de fraude entre eles, quando foi eleito para ser candidato Enrique Capriles.
Não é segredo para ninguém os interesses nacionais e internacionais que impulsionam a campanha da direita, montanhas de dinheiro têm recheado as carteiras dos líderes da oposição que cientes de sua própria derrota optaram por realizar uma campanha para fazer negócios escusos e abocanhar uma boa soma dos iludidos financiadores burgueses.
Um dos casos mais famosos é o de Juan Carlos Caldera deputado da Assembleia Nacional que foi filmado recebendo dinheiro de um empresário para fortalecer os laços com o candidato, e até mesmo o pai de Capriles pedindo para um grande burguês de Caracas para entregar dinheiro para financiar a campanha, que mais do que uma campanha se converteu em uma lucrativa profissão.
O pacotão e a má gestão burocrática
Se algo caracteriza a oposição venezuelana é a falta de tino e inteligência, é por isso que ela assinou, juntamente com os várias correntes que a compõem, o “Programa de Unidade”, e um outro, “o programa para os primeiros 100 dias de governo democrático”, e em ambos os documentos estão indicadas as verdadeiras intenções de implementar um pacote de medidas que prevê a privatização de tudo, com grandes cortes sociais e o desmantelamento das conquistas conseguidas nos últimos anos de luta, um pacote no estilo dos adotados na Grécia, Espanha ou Portugal, que foi denunciado por alguns indivíduos da oposição que sabem que com o nível de radicalização, politização e polarização que existe hoje na Venezuela, uma tentativa de aplicar tais medidas provocaria uma explosão social que a burguesia não tem certeza de que ela poderia conter. Isso causou uma mudança na campanha de Chávez em torno do fator econômico e da defesa das conquistas sociais 0btidas na revolução a outros para deixar claro que o processo ainda não está completamente garantido.
Nos últimos dias Chávez deu à campanha tons mais críticos dizendo que o governo deve ser mais eficiente e o que defenderemos em 7 de outubro é a possibilidade de continuar a revolução e garantir a independência frente ao imperialismo. Lembremos ainda que esta é a primeira vez que Chávez caminha pelas ruas do país desde que se tornou conhecida a sua doença. Ele disse ontem à noite que o que lhe preocupa mais é a quantidade de bilhetes que as pessoas fazem chegar até ele e solicitam para que sejam atendidas as necessidades do dia a dia, disse que do seu ponto de vista isso se deve à falta de acompanhamento das decisões, queixando-se que apesar dos recursos aprovados, das leis, das ordens dadas, mais tarde se dava conta que por questões burocráticas, elas não foram executadas. Isso é perfeitamente correto e é o que provoca o descontentamento, entre as bases do partido e do povo em geral, com a gestão burocrática existente em todos os níveis. Os venezuelanos veem Chávez com grande respeito e carinho, como seu líder e garantidor da continuidade da Revolução, no entanto, olham os demais dirigentes como uma casta de oportunistas que estão desmobilizando muitos com suas atuações que chegam a níveis de sabotagem, freios e obstáculos à Revolução.
A loucura da direita
Tudo que se pode esperar da burguesia, produziu todos os tipos de dúvidas e campanhas de difamação contra o poder eleitoral do CNE, alguns têm chamado seus seguidores para celebrar a vitória com antecedência, embora isso possa causar uma grande frustração e gerar distúrbios nos setores mais loucos e neofascistas que já foram dirigidos por Capriles e Leopoldo López, hoje líderes da oposição.
Sem dúvida, em 7 de outubro a revolução voltará a impor-se, a questão não é se ganhamos as eleições, mas por quanto votos a ganhamos para neutralizar os planos fraudulentos da burguesia e incitar à desestabilização. O chamado que fazemos é para que todos votem em massa desde as primeiras horas e estar alerta contra todos os esforços das loucas lideranças da oposição para criarem tumultos. Vamos defender a revolução nas urnas e também nas ruas se necessário for para garantir a vitória em 7 de outubro e levarmos em frente outras batalhas que virão. O próximo período será de uma luta feroz contra o a burocratização do processo para fazer com que o triunfo da Revolução seja irreversível. O tempo joga contra nós.
Viva a Revolução!
Em 7 de outubro Venceremos!