Em Minas Gerais, após 113 dias de greve, os educadores da rede pública estadual retornaram ao trabalho com o compromisso do governo de reabrir as negociação. Sim, por enquanto, a “conquista” é a negociação, isso demonstra a intransigência do governo de Antonio Anastasia (PSDB) em atender as reivindicações da categoria e a repressão aplicada para desgastar o movimento, utilizando-se da coerção policial nas manifestações, uma propaganda caluniosa contra os professores, punições administrativas, desconto nos salários e demissões.
No Ceará, a greve já completa 57 dias, a luta é em defesa do Piso Nacional do Magistério, por reajustes salariais e um plano de carreira que valorize os professores. No dia 29/09, em regime de urgência, foi votada e aprovada uma tabela de vencimentos que não contempla as reivindicações da categoria. Os manifestantes que ocupavam a Assembleia Legislativa do Estado desde o dia anterior, foram impedidos pela Tropa de Choque de acompanhar a votação, houve confronto, professores gravemente feridos e presos. Hoje, dia 30, ocorrerá nova assembleia da categoria para definir os próximos passos do movimento.
Desde o início da semana os professores da rede pública do Pará estão em greve, também por reajuste salarial e a aplicação do Piso Nacional do Magistério.
É hora da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) organizar em âmbito nacional esse movimento, fortalecendo a luta para que em cada Estado os governos apliquem o Piso e, também, para que o próprio governo federal aumente o valor desse Piso, que hoje está em R$ 1.187,00. Valor muito inferior aos R$ 2278,77 estimados pelo Dieese como o salário mínimo necessário.