A época inaugurada pelas Jornadas de Junho de 2013 no Brasil segue desenvolvendo-se. A república pactuada após a ditadura militar com base na Constituinte de 1988 ruiu. A classe burguesa dividiu-se significativamente sobre como lidar com a luta de classes e com o teatro da democracia burguesa. As novas gerações da classe trabalhadora não reconhecem mais o PT como sua direção. Desde então, setores importantes da burguesia nacional digladiam-se enquanto tentam adaptar-se à nova situação. Essas divisões provocam choques no interior do aparato de Estado burguês.

Nós que assinamos esta carta aberta somos trabalhadores de diversas categorias. Alguns de nós são trabalhadores de telemarketing, outros trabalham em mercados, farmácias, fastfood, serviços em geral, outros no comércio, etc. Muitos de nós são trabalhadores da escala 6x1 ou já foram. Alguns de nós estão em outras escalas de trabalho e se solidarizam com os trabalhadores que amargam apenas 1 dia de folga na semana – ou às vezes até menos que isso.

A Organização Comunista Internacionalista, a seção brasileira da ICR, convida todos os militantes, simpatizantes e apoiadores, a participarem de plenárias regionais de lançamento da ICR no Brasil.

A 25ª edição da revista "América Socialista – Em Defesa do Marxismo" resgata o legado do revolucionário Leon Trotsky e sua atualidade. Num momento onde a teoria tem sido colocada de lado, trazemos uma introdução de Luiz Bicalho ao clássico Programa de Transição e um texto do próprio Trotsky sobre cultura e tecnologia. A revista tem ainda um texto de Alan Woods sobre arte, um texto de Lucy Dias sobre a economia durante a ditadura militar no Brasil e uma análise da trajetória política de Frantz Fanon, em especial da obra “Os Condenados da Terra”, de Jorge Martín.

A luta pela reestatização da Eletrobras traz para a ordem do dia a luta geral contra as privatizações dos serviços públicos, colocando toda a organização da classe trabalhadora nesse combate e que deve se ampliar para barrar todas as privatizações por todos os cantos do país.

A Organização Comunista Internacionalista (OCI) apoiou o surgimento movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e, desde os seus primeiros passos, integrou-se em sua construção. Em artigo publicado em nosso site em 10 de outubro de 2023 já dizíamos:"Nós apoiamos e nos somamos a este movimento para ajudar a desenvolvê-lo da forma mais positiva possível, rumo à proibição da escala de trabalho 6×1 e além."

Consideramos a luta pela redução da jornada de trabalho como um meio para mobilizar os trabalhadores por seus próprios interesses imediatos, mas também como forma de questionar o sistema capitalista de exploração do trabalho. Trata-se, portanto, de uma reivindicação transitória para a revolução e a construção de uma nova sociedade.

As eleições municipais de 2024 não irão resolver os problemas fundamentais das massas exploradas. Por isso há desilusão e apatia. A posição dos comunistas é o da unidade de nossa classe contra o inimigo comum. Nestas eleições, como linha geral, votamos, com todas as críticas necessárias, nos candidatos à prefeitura de partidos que reivindicam a classe trabalhadora que estejam em melhores condições de derrotar os candidatos da burguesia. Em cidades em que há apenas candidatos de partidos burgueses concorrendo, não há opção, votamos nulo!

É preciso debater com o conjunto dos ativistas que se engajaram na construção do VAT quais os próximos passos para avançar. Mas, para isso, é preciso organizar um processo democrático de discussão interna sobre os rumos do movimento que culmine na eleição de uma coordenação nacional para o VAT, que substitua a atual coordenação nacional formada de maneira improvisada, que só poderia ter um caráter provisório.