No dia 20 de outubro os trabalhadores vidreiros do estado de São Paulo, convocados por seu sindicato, realizaram assembleia de abertura de sua campanha salarial. Eles aprovaram a pauta de reivindicações que será encaminhada à FIESP, além de uma moção em apoio à greve dos petroleiros e à luta contra a entrega do Campo de Libra.
No dia 20 de outubro os trabalhadores vidreiros do estado de São Paulo, convocados por seu sindicato, realizaram assembleia de abertura de sua campanha salarial. Eles aprovaram a pauta de reivindicações que será encaminhada à FIESP, além de uma moção em apoio à greve dos petroleiros e à luta contra a entrega do Campo de Libra.
A assembleia foi antecedida por um grande trabalho de agitação nas portas de fábricas. Agora é a hora de passar à fase organizativa, empresa por empresa, e unificar o combate.
Na Vidrobem, em São José dos Campos, os trabalhadores pararam a produção entre os dias 30 de agosto e 5 de setembro, conquistaram um PLR de R$ 1,8 mil sem metas a serem realizadas.
Na Nadir Figueiredo, os trabalhadores realizaram paralisação de três horas e estão se preparando para a greve. Em várias outras empresas o ânimo de luta é grande e, segundo o jornal do sindicato O Vidreiro, as negociações no segundo semestre prometem ser quentes. Em meio a este espírito é que a pauta foi aprovada.
Na assembleia, foi explicado que a crise existente no sistema capitalista não foi criada pelos trabalhadores e, sim, pelos patrões. Disse-se ainda que o governo deu incentivo aos empresários, mas mesmo assim eles seguem demitindo.
O Jornal O Vidreiro, que acertadamente foi amplamente distribuído na base diz: “Aqui no Brasil os efeitos da crise foram postergados pela ampliação do crédito, pelo endividamento generalizado e redução de impostos para as empresas. Porém, estes foram os mesmos mecanismos que provocaram mais crise nos EUA e Europa… Os trabalhadores não podem pagar por uma crise que não foram eles que criaram”.
Os trabalhadores saíram da assembleia convencidos de que é preciso fortalecer a campanha na base, organizar a luta em cada fábrica, unificar o movimento e combater pelas reivindicações. Deve-se explicar a cada operário a necessidade de lutar contra esse sistema decadente de exploração da classe trabalhadora, sem conciliação com os patrões. Nesse caminho, os trabalhadores vidreiros da Esquerda Marxista farão todo esforço para aumentar suas fileiras na categoria e, assim, seguir lutando pelas reivindicações, pelo fortalecimento do sindicato e pelo socialismo.