No momento que escrevo estas notas, a manifestação contra a alta das tarifas dos transportes públicos em São Paulo, contando com mais de 5 mil participantes, depois de se deslocar desde a Avenida Paulista, passando pela Avenida Consolação, chegou até o terminal de ônibus do Parque Dom Pedro onde tentaram invadí-lo. Ocorreram enfrentamentos entre manifestantes e a polícia, um helicóptero da polícia militar sobrevoa a área e em terra os militares descarregaram centenas de bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes.
No momento que escrevo estas notas, a manifestação contra a alta das tarifas dos transportes públicos em São Paulo, contando com mais de 5 mil participantes, depois de se deslocar desde a Avenida Paulista, passando pela Avenida Consolação, chegou até o terminal de ônibus do Parque Dom Pedro onde tentaram invadí-lo. Ocorreram enfrentamentos entre manifestantes e a polícia, um helicóptero da polícia militar sobrevoa a área e em terra os militares descarregaram centenas de bombas de gás lacrimogêneo contra os participantes.
Há muita confusão! Os organizadores da manifestação, conduzem a luta de maneira estremamente fechada, sem politizar o movimento e sem permitir que haja um debate democrático e com isso uma elevação do gráu de consciência para que o movimento possa adquirir uma organização que lhes permita aumentar sua força e organização.
Há que dirigir o movimento para a abertura de negociações com a prefeitura. Ela é responsável pelo aumento e só ela pode revogar o aumento nos preços das tarifas.
Lançar o movimento para ações diretas que se desdobram em enfrentamento com a polícia sem abrir uma via de negociação com o prefeito Haddad, levará a seu desgaste.
A Central de Movimentos Populares, a CUT e os sindicatos, as organizações estudantis não podem continuar omissas. Elas têm responsabilidades e as devem assumir integralmente. A reivindicação de redução da tarifa é justa e portanto as entidades de massa da juventude, dos estudantes, a CUT, a Central de Movimentos Populares, embora tenham dirigentes ligados ao PT, não podem dar guarida ao prefeito e deixar o movimento à deriva e sob a condução combativa, mas equivocada daqueles que não orientam a luta para a exigência de que Haddad revogue a sua decisão e abra negociações.
A unidade com o MPL é uma tarefa que apenas a CUT, a UNE e a CMP podem garantir. Se essa unidade se realizar certamente o movimento crescerá e a vitória estará mais próxima.
Todo apoio à luta pela redução das tarifas nos transportes!
Abaixo a repressão lançada contra o movimento!
Haddad, abra imediatamente negociações com o movimento e reduza as tarifas, você pode, tem a caneta e o poder da decisão!