No dias 10 de maio pela manhã, cerca de mil estudantes de Joinville tomaram as ruas do centro da cidade em defesa da escola pública. Pouco depois, foi a vez de cerca de 2 mil servidores municipais participarem de assembleia convocada pelo SINSEJ e aprovarem o início de uma greve por reajuste salarial.
9h – Cerca de 1000 estudantes, organizados pela União Joinvilense dos Estudantes Secundaristas (UJES), lotam a Praça da Bandeira;
14h – Servidores municipais em assembleia geral do Sinsej, em frente à prefeitura, deflagram greve;
Ainda não era 7h da manhã, com um frio de 12°graus, quando a UJES iniciou a mobilização em frente às escolas, rumo à praça da bandeira, no centro de Joinville. Na pauta de reivindicações: a defesa da escola pública!
Com faixas, cartazes e palavras de ordem, os estudantes joinvilenses fizeram história na manhã de hoje (10/05). “Estudante na rua, Colombo a culpa é sua” esse foi o tom da manifestação que reuniu mais de 1000 alunos na praça.
O fechamento de turmas em todo o estado de SC, a interdição de escolas e a total falta de estrutura são as principais bandeiras da entidade secundarista. A partir do ato de hoje a UJES organizará caravana ao governo do estado, em 30 de maio. A ideia é apresentar as reivindicações dos secundaristas ao governador, Raimundo Colombo (PSD). Na próxima semana está marcado mais um ato público.
Nem bem os estudantes deixaram a praça, foi a vez dos servidores municipais tomarem o centro da cidade. Em uma assembleia que contou com a presença de cerca de 2 mil trabalhadores, os servidores municipais de Joinville decidiram entrar em greve a partir da próxima segunda-feira. Antes de tomar a decisão, os servidores rejeitaram a última proposta da prefeitura, de conceder 4% de reajuste em maio mais 1,5% em novembro. A categoria pede a correção da inflação – 7,16% na data-base, em 1º de maio – mais 5% de aumento real.
Em meio à assembleia, antes de colocar a proposta de greve em votação, os diretores do Sinsej voltaram a conversar com o prefeito Udo Döhler (PMDB), mas não houve nenhum avanço. “No momento isso é o que podemos oferecer”, reafirmou o chefe do Executivo.
O presidente do sindicato, Ulrich Beathalter, respondeu que o discurso de dificuldades financeiras da prefeitura é o mesmo das últimas gestões, mas que até o momento não foi apresentado nenhum número que prove esta situação. Certamente nas próximas semanas os servidores mostrarão sua força nas ruas.
Viva a luta da juventude e da classe trabalhadora!