Hoje, 8 de março, o Movimento Mulheres Pelo Socialismo (MPS) estará nas ruas participando dos atos que marcam o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora. Confira o panfleto que será distribuídos nos atos.
Saímos às ruas neste 8 de março honrando a luta das mulheres trabalhadoras que, ao longo da história, combateram pela igualdade, contra a exploração e opressão da burguesia e seu sistema. O 8 de março tem sua origem no movimento operário, nas mulheres em luta pela revolução. Não é um dia para ganhar rosas, é um dia de luta!
Cada dia mais vemos a decadência do capitalismo. Crise, inflação, desemprego, mudanças climáticas, pandemia, guerras, refugiados. No entanto, este não é o fim do mundo, trata-se da agonia de um sistema que não é mais capaz de proporcionar desenvolvimento e progresso para a Humanidade.
O horror capitalista provoca uma nova guerra. A Ucrânia é bombardeada. O imperialismo norte-americano condena a invasão russa, hipocrisia, basta recordarmos o que os EUA e seus sócios europeus fizeram recentemente no Iraque, Afeganistão, Líbia, Síria… Putin, do outro lado, é um ditador reacionário, que reprime a classe trabalhadora russa e atende aos interesses da oligarquia mafiosa do país. A guerra, para Biden e para Putin, é útil para desviar a atenção do povo dos problemas internos, tentam criar um sentimento de unidade nacional em meio à profunda crise econômica e queda de popularidade de ambos. Utilizam a guerra para fazer girar a indústria armamentista. Quem sofre com este jogo macabro é o povo trabalhador ucraniano.
Toda a trágica situação mundial tem um pesado impacto sobre as mulheres trabalhadoras. Recebem menores salários, sofrem com a dupla ou tripla jornada. A elevação dos casos de violência contra a mulher é mais um elemento da decadência do regime capitalista, regime incapaz de garantir um direito básico, o das mulheres decidirem sobre seu próprio corpo, legalizando o aborto em todos os países.
No entanto, as mulheres, jovens e trabalhadoras, lutam contra a barbárie. Estiveram na linha de frente de revoltas populares recentes (EUA, Índia, Mianmar, Bielorrússia, Paraguai, Colômbia, África do Sul etc.). No final de fevereiro, foi conquistada a descriminalização do aborto na Colômbia, somando-se a conquistas recentes na Argentina e México.
No Brasil, as mulheres estiveram desde o início no combate pela derrubada do odiado governo Bolsonaro. As direções do movimento (PT, PCdoB, PSOL, CUT, UNE, grandes sindicatos) bloquearam o combate nas ruas para pôr fim ao governo, decidiram arrastá-lo até as eleições. Agora, organizam alianças eleitorais com a classe inimiga. A nossa posição de classe é o voto nos candidatos de partidos que reivindicam a classe trabalhadora para derrotar Bolsonaro ou qualquer candidato dos partidos da burguesia, realizando toda a crítica à política de conciliação de classes antes, durante e depois das eleições.
É possível construirmos um futuro sem guerras, sem exploração, em que toda forma de preconceito, discriminação e opressão fique no passado, em que a produção de mercadorias esteja a serviço da satisfação das necessidades da maioria da sociedade e não do lucro de um punhado de parasitas. A classe trabalhadora unida, homens e mulheres de nossa classe lutando lado a lado contra o inimigo comum, este é o caminho da vitória para construirmos um mundo novo.
- Contra a guerra! Abaixo os governos reacionários de Putin e Ucrânia! Abaixo o imperialismo, desmantelamento da OTAN!
- Abaixo Bolsonaro! Por um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais!
- Aborto legal, público e gratuito para todas! Fim da violência contra a mulher!
- Unidade da classe trabalhadora! Abaixo o capitalismo! Pela revolução socialista!