No dia 25 de setembro, o governador do estado do Espírito Santo deu autorização para o retorno das aulas presenciais. Soubemos com as aterrorizantes lives da Secretaria de Educação em conjunto com a Secretaria de Saúde. Essa medida, além de perigosa, é um contrassenso, visto que a pandemia nesse estado não se encontra controlada e o número de mortes por Covid-19 ainda é muito alto. A mídia local segue a mesma linha da mídia nacional e internacional, tentam empurrar goela abaixo uma normalidade inexistente.
De forma a combater essa medida, na segunda-feira seguinte ao anúncio (28/9), o Coletivo Educadores pelo Socialismo, junto ao Educação pela Base e PAD-Vix (Professoras/es Associadas/os pela Democracia em Vitória) realizaram uma plenária virtual que contou com a participação de mais de 600 profissionais da educação, angustiados com as decisões tomadas pelo governo do Espírito Santo, temendo por suas vidas.
Durante a plenária, o Coletivo Educadores pelo Socialismo convocou os professores a se organizarem e apresentou resumidamente sua plataforma de luta, dando ênfase na luta por uma educação pública, gratuita e para todos! Além disso reafirmou a necessidade de um movimento que contemplasse pautas emergenciais de interesse de toda a classe trabalhadora durante a pandemia, caso quiséssemos mobilizar a base, entre as quais se destacamos:
- Retorno presencial somente com vacina;
- Auxílio material para os docentes realizarem o trabalho remoto, pois em sua esmagadora maioria estamos usando nossos os próprios recursos (internet, equipamentos, dentre outros);
- Defesa de todos os empregos e a reversão imediata de todas as demissões feitas durante a pandemia, incluindo os funcionários de empresas terceirizadas;
- Pela efetivação dos professores em Designação Temporária.
O coletivo também apontou a urgência de se organizar uma greve, tendo em vista o ânimo da base em contraposição à traição do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) em cumprir seu papel de organizar a classe trabalhadora.
Dentre as ações encaminhadas nessa plenária, o coletivo participou ativamente do ato do dia 30 de setembro, em frente ao Sindiupes, que contou com a participação de outros representantes de coletivos, como Resistência e Luta e LUTE. Vale ressaltar que todos as medidas de prevenção foram tomadas para proteção contra o novo coronavírus. Logo em seguida, o coletivo se juntou aos demais militantes da Liberdade e Luta e participou do ato na Praça Costa Pereira contra a Reforma Administrativa. O ato foi profundamente esvaziado e contou com a cínica presença do Sindiupes, cujo discurso em favor da Educação contrasta com a prática de sabotar toda forma de organização da base que venha a evidenciar o quanto estão comprometidos com a burguesia e sua política de ataques à classe trabalhadora.
Os militantes da Liberdade e Luta e Educadores pelo Socialismo levaram a faixa do “Fora Bolsonaro!” e puderam conversar com algumas pessoas que participavam do evento. Em seguida, em uma breve reunião refletimos sobre as falas da direção, sobre a organização do ato, sobre a participação do coletivo nessas ações e também sobre a necessidade de esclarecimento sobre o caráter do Estado no capitalismo.
Para fechar essa semana de luta, uma carreata aconteceu no domingo, na qual os Educadores pelo Socialismo também intervieram reafirmando a necessidade de organização para superar as direções que fazem frente única com a burguesia e Bolsonaro contra os professores e toda a comunidade escolar. Na carreata, o Coletivo Educadores pelo Socialismo ratificou a necessidade da luta dos profissionais de Educação, e que a luta é pela vida dos trabalhadores e da comunidade escolar, contrapondo-se aos interesses econômicos que levaram o governo a liberar as escolas num momento em que a pandemia está em absoluto descontrole.
Convidamos todos os professores, estudantes de licenciatura e demais apoiadores da educação que venham a se manifestar conosco, no dia 15 de outubro, às 19h na Plenária aberta dos Educadores Pelo Socialismo do Espírito Santo contra o retorno presencial, que acontecerá na plataforma Google Meet. Precisamos apurar nossa principal arma no momento, a organização, pois a crise internacional do capitalismo intensificada pela pandemia promete ataques ainda mais ferozes. Não vamos pagar pela crise com nossas vidas! Para participar, solicite o link para o e-mail evandro-st@uol.com.br ou nos siga no Facebook:
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Socialismo ou Barbárie!