Estudantes e trabalhadores do CEFET-RJ responderam com forte resistência a intervenção federal autoritária de Bolsonaro na instituição. Em uma ação que serviu como exemplo para todo o país, dezenas de jovens fizeram uma barreira humana e depois expulsaram o interventor do campus. Maurício Aires Vieira foi nomeado interventor pelo Ministério da Educação no lugar do candidato eleito Maurício Motta. Após acusações de fraude eleitoral pela chapa derrotada nas eleições para a direção, Bolsonaro viu no conflito entre candidato vencedor e derrotado um pretexto para tomar de assalto o controle da instituição.
A nomeação de um interventor pelo MEC é um desrespeito a autonomia do CEFET-RJ. Ela representa o que Bolsonaro está disposto a fazer com qualquer escola ou universidade para aplicar seus planos de privatização da educação, como mostrou no projeto “Future-se” Os ataques a educação pública visam garantir os lucros dos tubarões do ensino, fundações educacionais privadas e do mercado financeiro. Bolsonaro quer realizar as vontades dos capitalistas destruindo as mais importantes instituições de ensino do país!
Contra os ataques a autonomia do CEFET-RJ e em defesa de uma educação pública, gratuita e para todos, trabalhadores e estudantes precisam estar organizados. A assembleia realizada no dia 20 e o ato de rua do dia 23 são passos importantes para derrotar Bolsonaro não só no Rio de Janeiro, mas em todo o Brasil.
Novas batalhas se aproximam e o governo não irá parar enquanto não derrotar totalmente o movimento e impor sua vontade, ou até o movimento impor contra Bolsonaro a vitória dos estudantes e trabalhadores. Os secundaristas que ocuparam escolas no ano passado mostraram a importância e a força do movimento quando ele está organizado. Agora é a hora do CEFET-RJ inspirar outras lutas.
– Abaixo a intervenção federal! A comunidade CEFET-RJ deve decidir!
– Fora Bolsonaro e seu plano de privatização da educação!
– Por uma educação pública, gratuita e para todos.