Em São Bernardo do Campo, o prefeito Orlando Morando (PSDB) tenta se contrapor ao governo Bolsonaro, mas segue a mesma política assassina. Em março, os professores trabalharam três semanas presencialmente sem nenhum atendimento à população, nem remoto e nem presencial. Como resultado, tivemos diversos profissionais contaminados e mortos.
Logo em seguida, Orlando apareceu na mídia responsabilizando e xingando a população porque ela não ficava em casa. Agora, com os números de internação aumentando novamente, ele afirma que as escolas não mais fecharão. Em suas lives, fala que professor não é diferente de outros profissionais para não estar trabalhando.
Os professores não deixaram de trabalhar em nenhum momento e, mesmo assim, tiveram seus salários congelados, aumento da contribuição previdenciária, arcaram com todos os gastos do ensino remoto, trabalharam fora do horário e aos finais de semana. Além disso, foram cobrados de muitos dias a mais de trabalho referente a 2020, desconsiderando a lei que desobrigava o cumprimento dos 200 dias letivos. Também foi retirado o direito do servidor de falta abonada – referente ao dia não remunerado dos meses que tem 31 dias.
Os EPIs disponibilizados pela prefeitura são duas máscaras de tecido e um face shield de baixa qualidade, sendo que já foi comprovado que as máscaras de tecido possuem baixa eficácia de proteção contra o coronavírus. Dentro das escolas, há um tenebroso silêncio sobre os colegas que se afastam, pois os casos de pessoas com Covid-19 estão sendo abafados.
Os professores estão indignados. Pior ainda é a situação dos trabalhadores administrativos das escolas, que majoritariamente exerceram seus trabalhos presencialmente durante toda a pandemia no ano de 2020 e continuam arriscando suas vidas sem necessidade, uma vez que poderiam exercer suas atividades por teletrabalho.
No início deste ano, a secretaria da educação de SBC organizou uma webinar para os professores sobre inteligência socioemocional alegando preocupação com a saúde mental dos profissionais da educação. Ocorre que o que está acabando com a saúde física e mental dos servidores públicos são todos os ataques aos direitos trabalhistas, as péssimas condições das escolas e a insistência do governo em manter as aulas presenciais sem vacina mesmo no pior momento da pandemia. São inúmeros os profissionais que estão sendo afastados por questões psicológicas.
Em resumo, embora os três governos digam defender projetos diferentes, todos cumprem a mesma política de ataque à vida e aos direitos da classe trabalhadora. Política esta que é a classe que tem pagado com a própria vida. Entre os que morrem, temos um aumento considerável de professores, resultado da política que vem sendo aplicada em todas as instâncias.
O momento em que vivemos é a expressão da decadência do sistema capitalista, onde o lucro dos patrões vale mais que a vida dos trabalhadores.
Nesse sentido, nós, do Coletivos Educadores pelo Socialismo, chamamos a todos para uma atividade no dia 15 de junho, terça-feira, às 20 horas. Vamos juntos discutir ações de luta em defesa das reivindicações dos trabalhadores e da educação pública e pelo Fora Bolsonaro, já!
Também participaremos dos atos de rua “Fora Bolsonaro”, no dia 19 de junho, com o nosso bloco de luta. Junte-se a nós! Venha construir conosco o “Encontro Nacional Abaixo Bolsonaro, já! Por um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais”, que acontecerá em 10 de julho, e da plenária estadual que antecede este encontro, no dia 20 de junho.
Só a derrubada do governo Bolsonaro e a construção de um governo dos trabalhadores e para os trabalhadores pode nos garantir uma vida digna.
Clique aqui para se inscrever no Encontro Nacional.
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