Carta aos delegados da 15ª Conferência da Contraf/CUT: preparar a Greve Geral de 30 de agosto

Companheiros,

Em todo o mundo, o que se nota é a crise econômica tomando conta de um país a outro e, cada vez mais, milhões de pessoas percebem que o capitalismo não oferece futuro para a humanidade e vão à luta!

Companheiros,

Em todo o mundo, o que se nota é a crise econômica tomando conta de um país a outro e, cada vez mais, milhões de pessoas percebem que o capitalismo não oferece futuro para a humanidade e vão à luta!

No Brasil, uma nova situação política se abre, após a onda de protestos ocorrida em junho. O que era uma luta pela redução das tarifas no transporte e contra a repressão policial, transformou-se em uma revolta massiva contra os governos e “os políticos” em geral, forçando-os a reduzir a passagem em várias cidades.

Esse movimento espontâneo protagonizado pela juventude esvaziou-se agora, mas todos sentiram o poder das ruas. Esse sentimento de que é possível mudar as coisas se todos saírem às ruas, combinado com os problemas sociais que continuam a vigorar na vida dos trabalhadores, forma um caldo de cultura propício para que outras grandes manifestações aconteçam futuramente.

A burguesia e seus partidos estão divididos sobre o que fazer: a maioria ainda aposta na via da colaboração com o PT – para que o partido construído pela classe trabalhadora brasileira continue aplicando uma política favorável aos interesses dos empresários e banqueiros e seja capaz de manobrar com o movimento operário e estudantil. Ao mesmo tempo, trabalham e esperam que o governo Dilma se desgaste frente à população, para que seja possível ganhar as próximas eleições afundando o PT na lama.

Já outro setor, representado pelos partidos da oposição de direita ao governo Dilma e pela mídia, alimenta a linha de enfrentamento com a classe trabalhadora e suas organizações e, por isso, clamam por repressão e buscam criminalizar os movimentos sociais através do Judiciário (com Joaquim Barbosa e o STF à frente).

Assim, para enfrentar a crise econômica que começa a tomar conta do país (inflação, endividamento, baixo crescimento do PIB) e a crise política, o governo do PT tem que romper com a burguesia para atender as reivindicações dos trabalhadores e abrir caminho ao socialismo.

As propostas de reforma política, contratação de médicos do exterior e destinação dos royalties do petróleo para a educação, mesmo se efetivadas, não resolverão nenhum problema. O povo quer saúde, educação e transporte públicos, gratuitos e para todos! Os trabalhadores querem salário condizente com suas necessidades e não amargurar em dívidas e com a inflação! Querem se aposentar com o salário igual ao da ativa! Enfim, o povo quer que o Brasil continue crescendo, mas não para enriquecer os mais ricos e perpetuar a desigualdade social! Para isso, é preciso parar de pagar a dívida pública, reverter as privatizações, reestabelecer o monopólio estatal do petróleo e estatizar os bancos e os grandes meios de produção! É preciso revolucionar a sociedade e planificar a economia sob controle democrático dos trabalhadores! Essa tarefa pertence a nós, trabalhadores!

Preparando a Greve Geral a direção da CUT deve se colocar na cabeça da luta pela ruptura com a burguesia, começando por recusar a participação em fóruns tripartites – como o do PL 4330/04 – e mobilizar de verdade os trabalhadores. No caso do PL da Terceirização, somente a luta dos trabalhadores irá enterrar o texto do Dep. Sandro Mabel (PMDB/GO) e todas as outras manobras para “regulamentar” a terceirização e que visam abrir caminho para a reforma trabalhista.

Venha combater conosco pelo socialismo! Entre em contato com os militantes bancários da Esquerda Marxista!

Rafael Prata – BB PSO Campinas/SP – rafaelpratacps@yahoo.com.br

João Westin – CEF Av Paulista/SP – joaowestinjr@yahoo.com.br