Contra as demissões no Santander: nacionalizar o banco

 

Divulgamos abaixo o informe da CUT sobre a greve dos trabalhadores bancários que pararam ontem as agencias do Santander para exigirem o fim das demissões que estão sendo realizadas em massa.

A crise do capitalismo na Europa levou os patrões do banco espanhol a estenderem seus ataques aos trabalhadores bancários brasileiros.

Divulgamos abaixo o informe da CONTRAF-CUT sobre a greve dos trabalhadores bancários que pararam ontem as agencias do Santander para exigirem o fim das demissões que estão sendo realizadas em massa.

A crise do capitalismo na Europa levou os patrões do banco espanhol a estenderem seus ataques aos trabalhadores bancários brasileiros.

A Esquerda Marxista entende que a privatização do antigo Banco do Estado, como de todas as outras privatizações em todos os ramos de trabalho, são prejudiciais aos interesses do povo trabalhador. Defendemos a reestatização de tudo o que foi privatizado.

No caso de Santander, os bancários, a começar da direção do sindicato, deveriam abrir a luta para que o Banco Santander seja Nacionalizado e incorporado pelo Banco do Brasil, exigindo de imediato do governo da presidente Dilma que ela proíba demissões em massa em qualquer banco e que os demitidos sejam imediatamente readmitidos.

Dilma, você pode: decrete o Santander um banco estatal, dê estabilidade a todos os trabalhadores bancários. Nacionalize os bancos! Esse caminho seguramente ajudará a enfrentar a crise que se avizinha.

Sem essa perspectiva certamente os patrões do Banco espanhol continuarão e demitir para salvar seus negócios no mundo todo. Continuarão jogando o peso da crise nas costas dos trabalhadores. Façamos como os trabalhadores espanhóis: Crise? Que a paguem os patrões!

Nenhuma demissão no Santander!

Ele deve ser nacionalizado!

Ler abaixo a nota da Contraf-CUT

 

Com faixas, cartazes e carta aberta aos clientes, trabalhadores realizam Dia Nacional de Luta cobrando reversão das dispensas, fim da rotatividade e mais contratações.

Os bancários realizaram nesta terça-feira (18) um dia nacional de luta contra as demissões em massa no Santander. Com faixas, cartazes e carro de som, os trabalhadores paralisam agências e centro administrativos e protestam contra a falta de respeito do banco espanhol com o Brasil e os brasileiros.

Uma carta aberta está sendo entregue aos clientes e usuários do banco, denunciando as dispensas e pedindo apoio e solidariedade para a luta dos bancários, visando suspender as demissões, a exemplo da liminar concedida pelo TRT-SP no último dia 6 ao Sindicato dos Bancários de São Paulo.

Clique aqui para ler a carta aberta.

A instituição desligou 1.280 empregados nos primeiros dias de dezembro em todo país. A lista foi enviada na última sexta-feira (14) pelos advogados do banco para a Contraf-CUT, após determinação feita pela procuradora regional do Trabalho da 10ª Região do Ministério Público do Trabalho (MPT), Ana Cristina Tostes Ribeiro, durante audiência de mediação realizada na quarta-feira (12), em Brasília.

“Esse número confirma que se trata de demissões em massa”, avalia Ademir Wiederkehr, funcionário do banco e secretário de imprensa da Contraf-CUT. “O número só não é maior por causa das denúncias, dos protestos e da mobilização das entidades sindicais em todo país”, salienta o dirigente sindical.

Segundo os sindicatos, entre os desligados há funcionários com mais de 10, 20 e 30 anos de casa, muitos próximos da aposentadoria, o que caracteriza uma prática discriminatória com os mais antigos de banco. Além disso, vários desligados são gerentes e, portanto, com maiores salários, mostrando que, com as demissões, o objetivo é continuar fazendo rotatividade para reduzir ainda mais os custos e aumentar os lucros para remessa à Espanha.

“As demissões realizadas pelo Santander aconteceram sem qualquer discussão prévia com o movimento sindical e sem nenhuma justificativa, sobretudo diante do lucro gerencial de R$ 4,7 bilhões até setembro, que representa 26% do resultado mundial do banco”, explica Ademir.

Conforme análise do Dieese, 1.216 dos 1.280 foram demitidos sem justa causa, o que significa 95% dos casos. “Cobramos a reversão das dispensas, o fim da rotatividade, mais contratações e melhores condições de saúde, segurança e trabalho”, defende Ademir.

A Contraf-CUT enviou na segunda-feira (17) documento ao MPT sobre a lista de desligados e acerca das informações prestadas mensalmente pelo banco ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referentes aos anos de 2011 e 2012, conforme determinação da procuradora. “Aguardamos posicionamento do MPT”, destaca o dirigente sindical.

Ministério do Trabalho e Emprego

A Contraf-CUT também espera resposta do Santander para a proposta feita pelo secretário de Relações de Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, durante audiência com a Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de São Paulo na última quinta-feira (13), em Brasília. Ele propôs a suspensão das demissões efetuadas em dezembro, conforme liminar concedida no TRT-SP, e a abertura de um processo de diálogo e negociação coletiva, resguardando as medidas já tomadas pelas entidades sindicais.

Messias salientou o esforço do MTE para combater a rotatividade, reafirmado o compromisso assumido pelo ministro Brizola Neto, por ocasião da 14ª Conferência Nacional dos Bancários, ocorrida em julho, em Curitiba. O Ministério ficou de convocar nova audiência entre as partes, logo após a resposta do Santander.

Nova audiência no TRT-SP

Ocorre nesta terça-feira, às 13h45, a terceira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região de São Paulo. A liminar, requerida pelo Sindicato, foi deferida pela desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, durante a primeira audiência de conciliação, no último dia 6. Caso a direção do Santander desobedeça, terá de pagar multa diária de R$ 100 mil.

Para a magistrada, o banco espanhol deveria respeitar os trabalhadores brasileiros assim como respeita os da Espanha, país de origem da empresa. Segundo ela, os trabalhadores daqui não podem ser tratados como se fossem de segunda categoria.

Também foram ajuizadas ações em tribunais de outros estados, visando suspender as demissões e proteger os empregos dos funcionários do Santander.