Os servidores estaduais da educação do Rio de Janeiro estão em greve desde o dia 2 de março. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), eles reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho, bem como o impedimento do ajuste fiscal planejado pelo governo estadual.
Os servidores estaduais da educação do Rio de Janeiro estão em greve desde o dia 2 de março. Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Rio de Janeiro (Sepe), eles reivindicam reajuste salarial, melhores condições de trabalho, bem como o impedimento do ajuste fiscal planejado pelo governo estadual. A categoria estava em estado de greve desde dezembro do ano passado, quando o governador Luiz Fernando Pezão dividiu em cinco vezes a segunda parcela do 13º. Outro problema enfrentado pelos trabalhadores é o atraso dos salários. Desde que Pezão assumiu, adiou a data do pagamento dos servidores do segundo para o sétimo e agora para o décimo dia útil de cada mês.
Ajuste fiscal
O ajuste fiscal do governo inclui uma reforma da previdência que aumenta a contribuição dos servidores de 11% para 14%. Devido a isso, na última quarta-feira (30/3), cerca de 3 mil trabalhadores de todos os setores do estado protestaram em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Eles foram recebidos com gás de pimenta pelos seguranças do Palácio Tiradentes.
Os servidores afirmam que não pagarão pela crise econômica gerada pelos privilégios concedidos a empresários, com as numerosas isenções fiscais. O governo abdicou cerca de R$ 138 bilhões com essas isenções, dinheiro suficiente para o pagamento dos salários de todo funcionalismo público estadual por cinco anos. A folha de pagamento do Estado é de cerca de R$ 1,5 bilhão para 468,5 mil servidores (220,3 mil ativos, 153,4 mil inativos e 94,8 mil pensionistas).
Escolas ocupadas
Paralelo a isso, cresce o movimento dos estudantes em apoio à greve da educação. Até agora já foram registradas sete unidades ocupadas no estado do Rio. Os secundaristas, além de organizarem a limpeza e gerenciamento dos colégios, estão realizando atividades culturais e políticas. Como no caso da Escola Estadual Prefeito Mendes de Moraes, uma das primeiras a ser ocupada, que já fez palestras sobre o Pré-sal, movimento estudantil do Chile, entre outras.
Fortalecer a resistência
A Esquerda Marxista apoia o movimento e enfatiza que é preciso que os trabalhadores e a juventude continuem firmes na luta contra o ajuste fiscal, bem como qualquer retirada de direitos. A maior corrupção do país é o pagamento da dívida pública interna e externa, que aumenta todos os anos de forma monstruosa e está sendo depositado fielmente aos especuladores, banqueiros e empresários. Em 2015 cerca de 42% do orçamento da união foi destinado só ao pagamento da dívida. Enquanto isso, a classe trabalhadora sofre com os cortes e a precarização dos serviços públicos.