Uma celebração do comunista Chico Lessa. Esse espírito conduziu a inauguração da nova sede da Esquerda Marxista em Joinville, batizada com o nome do nosso querido camarada falecido em 28 de fevereiro desse ano. Seleção de fotos, livros prediletos, músicas favoritas, bazar e homenagens artísticas marcaram a noite de 23 de julho, data em que ele completaria 59 anos.
Há homens que lutam um dia, e são bons;
Há outros que lutam um ano, e são melhores;
Há aqueles que lutam muitos anos, e são muito bons;
Porém há os que lutam toda a vida
Estes são os imprescindíveis
Bertolt Brecht
Uma celebração do comunista Chico Lessa. Esse espírito conduziu a inauguração da nova sede da Esquerda Marxista em Joinville, batizada com o nome do nosso querido camarada falecido em 28 de fevereiro desse ano.
Seleção de fotos, livros prediletos, músicas favoritas, bazar e homenagens artísticas marcaram a noite de 23 de julho, data em que ele completaria 59 anos. Em cada espaço preparado pela militância local, amigos, camaradas e tantas pessoas que o gostavam e o respeitavam puderam recordar momentos marcantes. Vários jovens e novos apoiadores puderam conhecer o homem que dedicou sua vida ao combate revolucionário. Familiares de Chico Lessa e colegas de profissão também marcaram presença.
O novo espaço foi, durante onze anos, o escritório do também advogado trabalhista Francisco João Lessa. Após seu falecimento, a família cedeu o antigo ambiente de trabalho para uso da Esquerda Marxista, organização que Chico construiu e defendeu. A partir de agora, reuniões, atividades e formações políticas serão a nova energia vital da sala 23 do prédio de nº 264, localizado na Rua Princesa Isabel. Por ela passarão estudantes, trabalhadores e todos aqueles que sentem a necessidade de questionar a ordem social capitalista.
Compareceram à atividade diversos companheiros de lutas sociais desenvolvidas nos sindicatos, nos bairros, nas universidades, nas escolas e nos movimentos sociais. Todos foram convidados a tornarem-se contribuintes financeiros da Esquerda Marxista, devido às necessidades para manter o espaço da nova sede. Toda a estrutura será custeada a partir de recursos obtidos daqueles que desejam ver aquele ambiente em funcionamento. Desde já, todo apoiador está chamado a definir um valor mensal para converter a simpatia em força transformadora.
Às 19 horas em ponto, Maritania Camargo saudou todos aqueles que estavam na sede, ainda que vários outros houvessem passado por lá desde às 16 horas. Em nome do Comitê Regional de Joinville, explicou que a ideia da homenagem partiu de jovens, mas que foi assumida com empolgação por todos os militantes da organização. Em seguida, Mayara Colzani elencou as apresentações que emocionaram a todos.
Recordando um período de militância contra a Ditadura Militar, Flávia Antunes revelou a história de um amigo que, quando ainda jovem, teve o apoio jurídico de Chico, por ocasião de uma greve de fome estudantil contra a repressão. O relato continuou com a relação de gratidão e apoio silencioso até hoje mantida por ele, já adulto e profissional destacado. Logo após, Françuar Rodrigues declamou o célebre poema “Os que lutam”, de Bertolt Brecht.
Chalana, de Almir Sater, uma das canções prediletas de Chico, foi interpretada por Adilson Mariano. Na voz de Henrique da Silva, Paulo Leminski fez-se presente na inauguração, carregando todo o peso reflexivo do poema “Para a Liberdade e Luta”, dedicado à organização estudantil trotskysta que iniciou Chico Lessa no movimento político. Para completar a homenagem, Dayane de Oliveira cantou uma belíssima música autoral que retrata os milhares de comunistas que, por todo o mundo, dedicam suas vidas para que, em breve, a classe trabalhadora não aceite mais ter patrão e, com isso, a revolução seja encontrada nas ruas de cada cidade.