Os servidores municipais de Joinville e Itapoá, em Santa Catarina, também foram às ruas contra a Reforma da Previdência ontem (15/3). Cerca de 3 mil pessoas paralisaram suas atividades durante todo o dia e participaram pela manhã de uma atividade pública sobre a Previdência organizada pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Joinville e Região (Sinsej), majoritariamente dirigido por militantes da Esquerda Marxista. A formação teve como palestrante o camarada Serge Goulart e contou com a presença de profissionais da rede estadual de educação* e trabalhadores dos Correios.
Os servidores de Joinville e Itapoá decidiram entrar em estado de greve e voltam a se reunir em assembleia na próxima segunda-feira (20/3) para avaliar os rumos do movimento contra a Reforma nacionalmente, bem como deliberar sobre o chamado de greve nacional. Eles também votaram a adoção da palavra de ordem “Fora Temer e o Congresso Nacional”.
No período da tarde, por deliberação da assembleia que havia decidido pela paralisação, os servidores municipais participaram de um ato na Praça da Bandeira. Esta atividade foi organizada por sindicatos de diversas centrais e movimentos sociais da cidade, reunidos sob o nome de Fórum de Lutas em Defesa dos Direitos.
Embora durante o período de preparação do dia 15 os dirigentes sindicais da EM tenham procurado impulsionar a unidade sindical contra a Reforma da Previdência e explicado, em reuniões entre as entidades, que era necessário realizar assembleias em cada categoria, o Sinsej foi isolado da organização deste ato. A não observância do mínimo trabalho sindical de mobilização resultou em uma manifestação pífia, composta por dirigentes sindicais e poucos participantes.
O problema crucial do movimento operário, de direção, ficou evidente neste dia 15 em todo o Brasil e Joinville não fugiu à regra. Nas ruas, restaurantes e supermercados, os servidores municipais que saíam das atividades com adesivos contra a Reforma da Previdência eram bem recepcionados por trabalhadores que diziam “meu sindicato não me chamou”.
* Os trabalhadores em educação da rede estadual também estavam paralisados e prestigiaram a atividade. No entanto, sua atividade principal foi a assembleia estadual em Florianópolis.