Convocada pelo Conlutas, pelo MST, pela corrente sindical a CUT Pode Mais, por várias entidades de servidores públicos (CONDSEF, etc…) foi realizada uma manifestação com mais de 20 mil pessoas no dia 24 de abril em Brasília.
Convocada pelo Conlutas, pelo MST, pela corrente sindical a CUT Pode Mais, por várias entidades de servidores públicos (CONDSEF, etc…) foi realizada uma manifestação com mais de 20 mil pessoas no dia 24 de abril em Brasília.
As principais reivindicações da manifestação foram a Reforma Agrária, a anulação da reforma da previdência e a não implementação do ACE (Acordo Coletivo Especial, que destrói direitos estabelecidos em lei). Esta manifestação foi muito além de outras manifestações promovidas pelo Conlutas e, ao contrário do que dizia a direção da CUT, ao invés de ser um ato divisionista, desde a sua convocação era e foi um ato que possibilitava a unificação da classe trabalhadora em defesa de suas reivindicações.
Formalmente, a CUT se pronuncia contra o ACE, pela reforma agrária e não diz claramente se é ou não a favor da anulação da reforma da previdência. Só que estas questões são questões centrais para os trabalhadores e a direção da CUT acabou se colocando contra os trabalhadores ao adotar uma posição contrária a manifestação.
Dizer, como alguns dirigentes da corrente O Trabalho, que o “Ace não está em discussão” é esconder a realidade de que a questão continua em discussão e sendo levada em frente a partir da proposta inicial feita pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
Os 20 mil trabalhadores presentes na Marcha do dia 24 mostraram que a classe trabalhadora está inquieta com as medidas feitas pelo governo Dilma e está começando a se mobilizar. A greve dos professores, as greves que foram feitas nos canteiros de obras mostram esta realidade. A Marcha foi uma advertência ao governo e mostra também que a direção da CUT precisa urgentemente modificar sua posição.
Nós, da Esquerda Marxista, apoiamos a Marcha e defendemos as reivindicações feitas pelos trabalhadores.