A direção da Esquerda Marxista decidiu, nos dias 1 e 2 de novembro, lançar um chamado aberto pela formação de uma Frente política e de intervenção na luta de classes com militantes, organizações e agrupamentos com os quais temos mantido relações na luta de classes. Abrimos a perspectiva para construir uma Frente política que permita o contato e a discussão programática, nacional e internacional, com todos aqueles que estão em ruptura com a burguesia e que não desejam nenhuma perspectiva das organizações ultra-esquerdistas e auto proclamatórias existentes.
A direção da Esquerda Marxista decidiu, nos dias 1 e 2 de novembro, lançar um chamado aberto pela formação de uma Frente política e de intervenção na luta de classes com militantes, organizações e agrupamentos com os quais temos mantido relações na luta de classes. Abrimos a perspectiva para construir uma Frente política que permita o contato e a discussão programática, nacional e internacional, com todos aqueles que estão em ruptura com a burguesia e que não desejam nenhuma perspectiva das organizações ultra-esquerdistas e auto proclamatórias existentes.
Essa Frente de intervenção na luta de classes deve ser uma das formas transitórias na luta pela construção de um partido dos trabalhadores independente, que levando em conta a história do que foi o PT nas suas origens, um partido operário independente, se constitua e se construa num patamar superior com um programa anti-capitalista e anti-imperialista, com um programa transitório em direção ao socialismo, com plena consciência de classe e internacionalista, com o objetivo explícito de derrotar o capital e seu Estado e construir o socialismo, no Brasil e em todo o mundo.
A pedra de toque desta Frente de classe deve ser a defesa das conquistas e reivindicações dos trabalhadores e da juventude, da ruptura e combate a todos os partidos burgueses, lutando pela constituição de um verdadeiro governo socialista dos trabalhadores e o internacionalismo proletário.
O PT se constituiu a partir das maiores lutas de classe já travadas no Brasil pela classe trabalhadora, as lutas contra a ditadura militar, os patrões e seus agentes, durante os anos 70 e 80. A evolução desta Frente se dará no interior de novas e ainda mais gigantescas mobilizações. Nenhum decreto ou acordo organizativo pode contornar isto e “economizar” história ou luta de classes, aprendizados, derrotas e vitórias do movimento de massas.
Por isso a Frente da Esquerda Unida proposta (qualquer que seja o nome definitivo que adote) deve ser considerada como uma necessidade política para a aproximação e unidade daqueles que têm origens e histórias diferentes, como um instrumento de trabalho e preparação do próximo período da luta de classes onde haverá grandes lutas, revoltas, derrotas e vitórias, desilusões e confusão, e que é quando será ainda mais necessário haver um polo, uma bandeira, um marco capaz de atrair a vanguarda mais consciente, os quadros ativistas e organizadores da classe trabalhadora e da juventude para poder ajudar as massas a encontrar o caminho da vitória.
Os marxistas há muito tempo compreenderam que se é absolutamente verdadeiro e inquestionável que só sobre a base do programa marxista e as conquistas do bolchevismo que um partido operário revolucionário de massas pode ser constituído, entretanto, não está definido antecipadamente que é na forma atual de organização dos marxistas que ele se constituirá. Por isto tem a maior importância a discussão de uma plataforma política que combine as reivindicações mais sentidas dos trabalhadores com as reivindicações políticas e programáticas gerais, com a luta pelo socialismo e por seu caráter internacional.
A Esquerda Marxista propõe a todos os seus aliados, aos militantes do PT que resistem à deriva direitista de sua direção porque desejam continuar fiéis à sua própria classe e ao socialismo, aos que romperam com o PT para continuar seu combate contra o capital, aos que se reclamam do socialismo, do comunismo e da revolução socialista, a constituição de uma Frente da Esquerda Unida para combater em defesa da classe trabalhadora e da juventude, pelas reivindicações e pelo socialismo.
Uma Frente da Esquerda Unida só poderá se desenvolver se todos seus participantes sentirem que ela é “seu” instrumento de discussão e de combate. Isto exige a mais ampla democracia e respeito a todos no seu interior. Esta Frente deve intervir em todas as manifestações importantes da luta de classes e expressar toda a raiva acumulada e o desejo de luta da juventude e da classe trabalhadora.
Participa desse processo a luta pelo sucesso da campanha “Público, Gratuito e para Todos: Transporte, Saúde, Educação! Abaixo a Repressão!”, do Acampamento Revolucionário da Juventude marcado para janeiro de 2015, na fábrica ocupada Flaskô, SP, do desenvolvimento da campanha contra a repressão apoiada no PL 7951/2014, o PL da Anistia.
A Esquerda Marxista convida todos seus militantes, apoiadores e simpatizantes a abrir esta discussão para avançar, subjetiva e objetivamente na constituição desta Frente da Esquerda Unida.