A PM paulista, comandada pelo governo do Sr. Alckmin (PSDB) decidiu aderir ao lava-jato. Limpou a Avenida Paulista dos manifestantes anti-Dilma e espalhou água para lavar a via para prepará-la para a manifestação pró-governo do fim da tarde desta sexta-feira (18/03). Mas a própria PM ficou “branca” e deixou o seu lado “negro”?
A PM paulista, comandada pelo governo do Sr. Alckmin (PSDB) decidiu aderir ao lava-jato. Limpou a Avenida Paulista dos manifestantes anti-Dilma e espalhou água para lavar a via para prepará-la para a manifestação pró-governo do fim da tarde desta sexta-feira (18/03). Mas a própria PM ficou “branca” e deixou o seu lado “negro”?
Na verdade, a PM continua mais “branca” do que nunca. E a mesma Folha de São Paulo, em sua edição do dia 18, traz duas matérias bastante elucidativas da situação. Numa delas é explicada a contradição que já percorria as redes sociais, de que os manifestantes contra o PT podiam ficar à vontade na Av. Paulista, interrompendo o trânsito enquanto que os estudantes no ano passado eram brutalmente reprimidos, assim como os atos contra os aumentos de passagem. A justificativa era a mesma: estavam interrompendo o trânsito.
Depois, na parte de noticiário policial, é registrado o fato de que advogados de PMs acusados de serem partes de esquadrões da morte enviavam dados das testemunhas para familiares e amigos dos PMs acusados.
Sim, a PM paulista tem cor e classe. E é branca e burguesa. Nas periferias, bombas, tiros e mortes, sendo que a maioria dos mortos são negros. No centro, nos dias de atos contra Dilma e o PT, sorrisos, abraços e selfies com os manifestantes brancos em sua maioria. Em outras palavras, o proletariado, de maioria negra, é reprimido. Já a burguesia e a pequena burguesia são tratados a pão de ló. Infelizmente para todos eles, a denúncia da flagrante distorção nos tratamentos “obrigou” a PM a retirar (provisoriamente) os manifestantes anti-Dilma. Mas eles estarão de volta, amanhã ou depois, com novos PMs e novas selfies.