Nos últimos dias Santa Catarina chegou ao pior momento da pandemia e a rede de saúde está em colapso. O estado está em 2º lugar como a unidade da Federação onde a pandemia acelerou mais rapidamente, atrás apenas do Amazonas.
Nesta segunda-feira (1º/3), os jornais noticiaram que a ocupação de UTIs adulta para Covid-19 no estado estava em uma média de 95,9%. Todas as regiões estão em risco gravíssimo. Com esta situação, centenas de pessoas esperam por vagas de terapia intensiva e recai sobre os profissionais de saúde a desumana tarefa de escolher quem vive ou morre.
Mas, mesmo em meio a esse cenário estarrecedor, o retorno presencial às aulas continua mantido e o governo de Santa Catarina emitiu um decreto risível, de lockdown apenas aos fins de semana. Ou seja, fechando serviços e empresas exatamente nos dias em que a maior parte dos locais já está fechada e mantendo a abertura em dias de trabalho.
Diante disso, um conjunto de partidos que se reivindicam de esquerda, sindicatos, movimentos e centrais sindicais de Santa Catarina divulgam uma nota exigindo o fechamento das escolas, do comércio não essencial, do transporte coletivo, proibição de eventos sociais, suporte logístico aos hospitais e serviços de saúde, fechamento de praias e parques, contratação de mais profissionais de saúde, retomada do auxílio emergencial e aquisição de vacinas pelo governo do estado.
Estas exigências estão corretas, mas em nenhum momento o conjunto destas organizações tratam do seu próprio papel na situação. Ignoram sua responsabilidade na luta de classes, vendendo ilusões nas ações que possam ser tomadas espontaneamente pelos governos a serviço do capital.
A Esquerda Marxista tem acordo com as exigências apresentadas e assina a nota, mas ressalta que é obrigação e responsabilidade da CUT SC e sindicatos que se reivindicam da classe trabalhadora e do socialismo, organizar a paralisação e a greve geral em Santa Catarina. Da mesma forma, é tarefa da CUT Nacional e dos sindicatos nacionais organizarem uma greve geral no país para impor essas medidas.
Todas estas exigências devem ser levantadas frente ao governo, mas a única forma de efetivamente conquistá-las é paralisando a produção de forma unificada e geral. Este é o método histórico de luta, que as direções traidoras tentam fazer a classe esquecer. Somente ele pode arrancar a defesa da vida dos trabalhadores, pôr abaixo os governos Moisés e Bolsonaro e abrir caminho para um governo dos trabalhadores, sem patrões nem generais.
- Greve geral em defesa da vida da classe trabalhadora!
- Aulas presenciais, só com vacina para todos!
- Abaixo o governo Bolsonaro, por um governo dos trabalhadores sem patrões nem generais!